quarta-feira, 16 de novembro de 2022

COP 27: Governador Wanderlei Barbosa enaltece a importância do cerrado para governadores de 10 países

Talita Melz e Alechandre Obeid/Governo do Tocantins 
 
Governador citou a redução do desmatamento ilegal e a redução dos focos de calor no Tocantins como atrativos para empresas como a suíça Mercuria investirem na compra de créditos de carbono tocantinenses


Governador Wanderlei Barbosa participou do painel que reuniu os membros da Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas na COP 27 – Foto: João Di Pietro/Governo do Tocantins

Ao debater a importância das florestas e ecossistemas para o planeta, o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, abordou a diversidade e importância dos biomas tocantinenses, em especial o Cerrado. Também reforçou que os resultados positivos das políticas ambientais ajudaram nas negociações de crédito de carbono no Estado. 

O Governador fez estas declarações nesta quarta-feira, 16, durante o painel “Mapeando a ação climática subnacional por intermédio da conservação que beneficia as pessoas e o planeta”, que reuniu os membros da Força Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas – GCF, instância que reúne 39 governadores de dez países.

Esse painel faz parte da programação da 27ª edição da Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas - COP 27, em Sharm el-Sheikh, no Egito. Participam do GCF governadores do Brasil, Estados Unidos, Colômbia, Equador, Peru, México, Espanha, Costa do Marfim, Nigéria e Indonésia, que apóiam o esforço de redução das emissões dos gases de efeito estufa e a promoção da inclusão social.

Biomas tocantinenses

O Tocantins é um estado formado por diferentes biomas, com predominância do Cerrado, entretanto 9% de seu território possui bioma Amazônia, conforme lembrou Wanderlei Barbosa no painel. O Governador também destacou as políticas realizadas pelo Estado para proteger esses ecossistemas e melhorar os índices de redução desmatamento ilegal. “Somos o segundo estado da região norte do Brasil que mais reduziu o desmatamento ilegal no ano passado. Além disso, temos também três grandes parques de proteção ambiental que estão protegidos, onde não se pode fazer abertura para a agricultura. Com isso temos um território com mais de 70% da sua área ambientalmente protegida”, destacou.

Ainda durante o seu pronunciamento, Wanderlei Barbosa citou os projetos voltados para a redução dos focos de incêndio, em especial no cerrado. “Reduzimos 34% dos focos de incêndio com a realização de campanhas de orientação às populações tradicionais, ribeirinhas e rurais”, destacou.

Créditos de Carbono

O Governador também fez pontuações sobre as negociações da elegibilidade e transação de carbono florestal oriundo de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa Provenientes de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), ao ser questionado a respeito. 

“Essas ações efetivas de proteção ambiental fazem com que as empresas se interessem pelos nossos produtos. Nossas negociações com a Mercuria já estão bastante evoluídas. Temos uma reunião muito importante amanhã com a multinacional. Estamos também alinhando com as leis na Assembleia Legislativa do nosso Estado, para fortalecer essas ações e para que possamos receber mais recursos. Já existe um pré-acordo de R$ 15 milhões para começar esse projeto”, afirmou.

Recentemente, o Governo do Tocantins publicou o resultado preliminar do edital de Chamamento Público nº 001/2022 para selecionar parceiros interessados em contribuir no processo de elegibilidade do Estado perante os padrões internacionais e também adquirir créditos de carbono florestal do Tocantins. A empresa que cumpriu os critérios exigidos e se classificou para a fase de negociação foi a suíça Mercuria Energy Trading.

GCF

O GCF é uma força tarefa subnacional estabelecida com base em um memorando de entendimentos, assinado em 2008, que fornece a base para a cooperação em inúmeros assuntos relacionados à política climática, financiamento, troca de tecnologia e pesquisa. Um total de 39 estados e províncias do Brasil, Colômbia, Costa do Marfim, Equador, Espanha, Estados Unidos, Indonésia, México, Nigéria e Peru trabalham para construir programas jurisdicionais robustos que integrem políticas de REDD+ e outras ações que reduzam as emissões de gases causadores do efeito estufa.

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