Festival da Goiaba em Rio Acima - MG
Coluna Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio
Moreira
Se Minas é conhecida como a terra do queijo, é
destaque também pela goiabada. Dois ingredientes que formam a perfeita
combinação de sobremesa no Brasil. Para celebrar a colheita da fruta que dá
origem ao doce e a outros produtos, Rio Acima promove de 28 de abril a 1º de
maio o Festival da Goiaba.
Espaço para
a realização do Festival da Goiaba
A cidade, localizada a apenas 39 quilômetros de
Belo Horizonte, espera receber 40 mil pessoas na Praça Prefeito
Milton Gonçalves dos Santos, nos quatro dias de festa. No local, estão
instaladas 50 barracas da fruta in natura, de doces, licores, bolos, geleias,
sorvetes e até ketchup feitos com goiaba, além de cervejas e muito artesanato.
Haverá também concurso para eleição dos melhores quitutes e frutos. E mais: o
público poderá curtir shows gratuitos de músicos regionais e nacionais, entre
eles do Grupo Revelação, de pagode. O encerramento contará com apresentações de
dois grandes nomes da música mineira e nacional: o cantor e compositor Lô
Borges e a banda 14 Bis.
Esta não é primeira vez que a cidade promove o
Festival da Goiaba.
Criada em 2004, a festa foi motivo de orgulho para
os rio-acimenses por cerca de dez anos. Em razão da falta de continuidade
do projeto pelo poder público e da ausência de diálogo com a iniciativa
privada, o festival teve última edição em 2014.
O evento é considerado uma oportunidade para
geração de renda e trabalho. Na ocasião, produtores conseguiram, inclusive, dar
visibilidade suficiente para exportar seus produtos para países da
Europa.
O prefeito de Rio Acima, Felipe Gonçalves dos Santos, o
Felipe do Waldiney, ressalta a importância de o Festival da Goiaba retomar na
cidade, sobretudo em um momento pós-crise sanitária. “Nos últimos anos, devido
à pandemia do Covid-19, as pessoas ficaram em casa, impedidas se reunir em
festas em lugares públicos.
O festival será uma oportunidade de lazer para os
moradores de Rio Acima, das famílias”, disse o prefeito. A economia do
município também ganha. Segundo ele, a previsão é de que o festival gere mais
de 200 empregos temporários e movimente R$ 10 milhões no comércio e prestação
de serviços.
“A festa vai movimentar salões de beleza, lojas de
roupas, supermercados, distribuidoras de bebidas e fornecedores locais”,
enumera o prefeito. O evento serve ainda como um chamariz para turistas que,
além de movimentar hotéis e pousadas nos quatro dias de festival, irão curtir
os encantos da cidade, podendo voltar em outras oportunidades.
Grupo Revelação, Rapazola,
Marcelino de Lima, Tykerê, 14 bis, Lô Borges e Grupo Fundo de Quintal,
A intenção de Felipe Gonçalves é de que o Festival
da Goiaba seja realizado também nos próximos anos, tornando-se um evento
permanente na agenda cultural do município. “Fomentamos muitos cursos em
parceria com entidades, como a Emater e o Senar, para a profissionalização e aprimoramento
de técnicas entre os produtores rurais”, esclarece.
O Festival irá divulgar a produção de goiaba e seus
derivados, chamando a atenção para a atividade local, que dá sustento a várias
famílias, afirmou. Um dos pontos altos da festa será a aula show de
gastronomia na praça, no dia 30, domingo,
A secretária municipal de Turismo e Cultura de Rio
Acima, Patrícia Pimenta,
conta que as goiabeiras são nativas nas matas da região, sendo cultivadas
também por agricultores familiares. A colheita da fruta, abundante na região, é
feita manualmente nas árvores do pomar das casas ou em sítios próximos.
“Não existem plantações grandes. Trata-se de uma
cultura alimentar do município. O fruto orgânico é colhido nos campos e
utilizados há anos pelas famílias para a produção artesanal de doces. São
receitas passadas de geração em geração. Os principais produtos são a goiabada
cascão e em compota e os licores”, disse a secretária, que faz parte de uma
família de produtores da cidade.
Dezenas de famílias moradoras da Vila Santeiro já
preparam cerca de duas toneladas de produtos derivados da fruta. A
variedade é enorme. Há goiabada tradicional e cascão, em barra e pote, compota,
biscoitos casadinhos, sorvetes, bolos, geleias, ketchups e licores.
Patrícia Pimenta acredita que o festival, além de
estimular o turismo no munícipio, vai criar um ambiente para o maior
reconhecimento da gastronomia local.
“O nosso doce de goiaba tem o registro de bem
imaterial no município. Queremos agora o reconhecimento pelo Estado. É preciso
promover um ambiente de negócios e levar o produtor a reconhecer a sua
importância”, diz a secretária, lembrando que, para isso, a prefeitura
desenvolve o Programa Rio Acima Produz, em que estão cadastrados 79 produtores
de goiabas.
Durante o festival, a Prefeitura de Rio Acima
promoverá também uma ação de valorização do meio ambiente e da sustentabilidade, com
a distribuição de duas mil mudas de goiabeira, ajudando a promover a manutenção
da flora ribeirinha e a continuidade de alta produtividade do fruto.
Além de curtir o Festival da Goiaba, o visitante
poderá conferir os encantos de Rio Acima. Entre o turismo, a gastronomia e a
cultura, a cidade é um verdadeiro mar de oportunidades a serem
desbravadas. Rio Acima é famosa pelas cachoeiras e nascentes, com
destaque para a Cachoeira Dona Chica, a Cachoeira do Índio e a Cachoeira do Viana,
daí o carinhoso apelido de “Cidades das Águas”.
Rio Acima
tem diversas cachoeiras pela cidade
São 84 cachoeiras conhecidas que formam a grande
“caixa d’água” da região metropolitana de BH. A praça onde irá acontecer o
festival abriga uma cascata artificial que representa as cachoeiras da
cidade, sendo um ponto turístico de Rio Acima.
A cidade integra o circuito Estrada Real por meio
do trajeto que liga Santa Bárbara e Ouro Preto. Além disso, 100% do
território da cidade está dentro da Área de Proteção Ambiental (APA Sul), que
comporta 14 municípios da Grande BH, um verdadeiro reduto de educação, preservação
e proteção ambiental.
A área possui uma das maiores extensões de
cobertura vegetal nativa contínua de Minas Gerais, abrangendo as regiões
conhecidas como Caraça e Gandarela, com suas matas úmidas de fundos de vales e
as matas de altitude, além de grandes formações rochosas.
Em termos de biodiversidade, estas características
possuem um valor inestimável. Além disso, a cidade é integrada ao
circuito Estrada Real, por meio da estrada que liga Santa Bárbara e Ouro
Preto. https://www.prefeiturarioacima.mg.gov.br/noticia/45038
Projeto
fortalece o setor turístico
A
Câmara dos Deputados aprovou dia 25 de abril, a Medida Provisória (MP) 1147/22,
que zera as alíquotas do PIS e da Cofins sobre as receitas
obtidas pelas empresas de transporte aéreo regular de passageiros no período de
1º de janeiro de 2023 a 31 de dezembro de 2026. A matéria será enviada ao
Senado.
Aprovada
na forma de um substitutivo da MP também altera o Programa
Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O Perse (Lei
14.148/21) prevê ações emergenciais e temporárias destinadas ao setor de
eventos para compensar os efeitos decorrentes das medidas de combate à pandemia
da Covid-19.
Turistas movimentam a economia do Brasil
Aviação
- Em relação ao subsídio para a aviação civil, a estimativa feita
pelo governo anterior, de renúncia fiscal R$ 505,82 milhões em 2023, já está
incorporada no Orçamento. Para os outros anos, ela somará mais R$ 1,09 bilhão.
Entretanto, como as empresas não pagarão esses tributos também não poderão
usufruir de créditos relacionados a eles.
Eventos
- Quanto às mudanças na lei de criação do Perse, acrescentou
outros setores que poderão usufruir dos benefícios além daquelas atividades
definidas na Portaria 11.266/22, publicada em dezembro do ano passado para
regulamentar a matéria e cuja vigência vale a partir de 1º de janeiro de 2023.
Um
dos trechos alterados pela MP
1147/22 é uma parte inicialmente vetada sobre redução a zero das
alíquotas de PIS, Cofins, Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
A
intenção da medida provisória é limitar a isenção, agora vigente, às atividades
consideradas efetivamente vinculadas ao setor de eventos.
Novas
atividades - O texto da portaria foi incorporado à MP e
contém 38 setores segundo subclasses da Classificação Nacional de Atividades
Econômicas (CNAE). Entre elas, destacam-se: estabelecimentos de hospedagem,
produtoras culturais, aluguel de equipamentos recreativos, casas de festas e
produção de eventos.
Após
as negociações, o relator incluiu outros setores, como serviços para
alimentação em eventos; discotecas, danceterias, salões de dança e similares;
serviços de reservas e outros serviços de turismo não especificados no texto.
Somente
as empresas ou entidades que já exerciam essas atividades em 18 de março de
2022 poderão usufruir do benefício., Se estiverem com a situação regular
perante o Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), também
poderão contar com os benefícios vários tipos de serviços de transporte,
restaurantes, agências de viagem, e parques de diversão:bares e estabelecimentos similares com
ou sem entretenimento;atividades de jardim botânico;zoológicos; e parques
nacionais, reservas ecológicas e áreas de preservação ambiental
Créditos
- Da mesma forma que o estipulado para as empresas de aviação, a
isenção dos quatro tributos para o setor de eventos não permitirá a manutenção
dos créditos vinculados. Essa regra deve valer apenas a partir de 1º de abril.
Indenização
- Ainda na lei do Perse, o projeto de conversão revoga dispositivo
que previa o pagamento, em 2023, de uma indenização a empresas do setor de
eventos com redução do faturamento, por causa da pandemia, superior a 50% do
faturado em 2019 em relação a 2020 com base nas despesas da folha de
empregados. O valor total seria limitado a R$ 2,5 bilhões.
Com faturamento de R$ 19,4 bilhões, turismo nacional tem o
melhor início de ano desde 2015
Impactado
pelos grupos de transporte aéreo e alojamento e alimentação, o turismo nacional
registrou faturamento de R$ 19,4 bilhões em janeiro de 2023. O valor representa
crescimento de 19,8% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
O resultado
é o melhor para o mês em oito anos. Todos os seis grupos de atividades
analisados pelo levantamento mensal do Conselho de Turismo da Federação do
Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com
base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
apontaram crescimento no mês.
Para a
Federação, o resultado do período deve ser comemorado por vários aspectos. Além
de ser o melhor início de ano desde 2015, o crescimento foi registrado sobre
uma base forte — de 22,8% de janeiro do ano passado. Em
janeiro de 2023, o setor de transporte aéreo apontou o maior faturamento da
história: R$ 7,03 bilhões, alta anual de 29,5%. Com este desempenho, o segmento
responde por 36% do faturamento do turismo geral. O crescimento expressivo no
número de passageiros pagantes que viajam pelo Brasil contribui para o cenário.
Outro ponto relevante, e não exatamente favorável, é o encarecimento médio de
50% das passagens aéreas, situação que evidencia que consumidor está pagando
mais para viajar, e não necessariamente viajando mais.
De
acordo com a FecomercioSP, outra variação importante em janeiro foi a do grupo
de alojamento e alimentação, com elevação de 18,4% no contraponto anual. O
faturamento registrado foi de R$ 5,69 bilhões, o melhor para o período desde
2020. No caso dos meios de hospedagem, a situação foi similar ao do transporte
aéreo: há uma recuperação sólida da taxa de ocupação e, ao mesmo tempo, um
avanço na tarifa média.
O
segmento do transporte terrestre também foi impactado, de forma positiva, pelo
período da alta temporada. Com faturamento de R$ 2,7 bilhões no primeiro mês do
ano, o crescimento foi de 13% em comparação ao mesmo período de 2022, cenário
previsto anteriormente pela FecomercioSP, diante do natural recuperação
pós-pandemia e do efeito de substituição do transporte aéreo, que ficou mais
caro.
O
setor de locação de veículos, agências e operadoras de turismo cresceu 9,8%,
faturando R$ 2,64 bilhões. Isso aconteceu porque o início do ano é marcado por
alta demanda das empresas que alugam veículos, e o preço acompanha a dinâmica.
As atividades culturais, recreativas e esportivas registram crescimento de
14,6% e faturaram R$ 1,34 bilhão. E, por fim, o transporte aquaviário,
apresentou variação anual de 13,4%. No entanto, o faturamento de R$ 47,2
milhões é o menor para o levantamento, o que gera um efeito praticamente nulo
para o desempenho geral.
De
acordo com a Federação, o cenário do turismo nacional é resultado da reabertura
completa da economia, da melhora gradual da renda familiar e da retomada dos
investimentos no setor (que ampliou a oferta), entre outros aspectos. Contudo,
apesar do resultado positivo, é preciso entender que parte do aumento da
receita é proveniente da elevação do custo para empresários e consumidores.
Portanto, frente a um cenário de inflação dos serviços de turismo tendendo a
arrefecer neste ano, e possível que haja a redução do gasto médio por viagem.
Por outro lado, a projeção é de aumento no volume, o que será muito benéfico
não só para os turistas, mas também para a economia em geral.
Coluna Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio Moreira @sergiomoreira63 informações
para a coluna envie para sergio51moreira@bol.com.br