quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Oficina discute plano estratégico e operacional para pesca esportiva no Tocantins

Wladimir Machado e Seleucia Fontes
O Brasil é reconhecido pelo seu grande potencial para a pesca esportiva, sendo que no Tocantins somente a bacia Araguaia-Tocantins possui uma extensão de aproximadamente 2,5 mil km, com diversas áreas propensas a essa prática, além de lagos naturais e artificiais.
O encontro foi realizado IFTO, Campus Palmas e reuniu atores envolvidos com o segmento de pesca esportiva do Estado - Wladimir Machado/ Governo do Tocantins
 Ainda segundo a Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva (Anepe), há mais de 280 mil pescadores amadores esportivos licenciados. Para intensificar as ações neste setor e marcar o início do projeto de elaboração do Plano Estratégico e Operacional de Pesca Esportiva do Estado do Tocantins, o Governo do Estado, por meio da Agência do Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Criativa (Adetuc), realizou oficina nesta quarta, 11.
O encontro foi realizado no Instituto Federal do Tocantins (IFTO), Campus Palmas, tendo como participantes representantes do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), Secretaria da Aquicultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), gestores municipais, membros da Câmara Temática do Turismo de Pesca, Associação dos Guias de Pesca, empresários do ramo hoteleiro e de artigos de pesca, agências de receptivo, pesquisadores e outros atores envolvidos com o setor.
Para a superintendente do Turismo da Adetuc, Maria Antônia Valadares, a elaboração do Plano Estratégico e Operacional de Pesca Esportiva garante ao Estado de forma organizada e técnica o fomento da atividade, sendo esse projeto um dos marcos para o desenvolvimento desse segmento de turismo no estado. “O Tocantins possui um grande potencial para o desenvolvimento do turismo por meio da pesca esportiva, considerando as bacias dos rios Araguaia e Tocantins que juntas são a segunda maior bacia hidrográfica do país”, destacou.
Durante a oficina participativa foram levantados os principais desafios e oportunidades, tipo de pesca, espécies nativas, atrativos e roteiros que podem ser agregados, além das recomendações necessárias.
 “Conforme o planejamento de ações da Adetuc para este segundo semestre, aprovado pelo governador Mauro Carlesse, definimos a pesca esportiva como uma das áreas a serem desenvolvidas, por entendermos o grande potencial econômico deste setor do turismo”, explica o presidente da Agência, Tom Lyra.
Projeto
O projeto vai mapear o seguimento de pesca esportiva no estado, que será realizado pelo consórcio vencedor da licitação, Nippon Koei Latin America - Caribbean CO, contará com recursos do Programa de Desenvolvimento Regional, Integrado e Sustentável (PDRIS) por meio do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird).
Este trabalho, que deverá ser concluído em seis meses, com o acompanhamento e supervisão da Adetuc em parceria com os atores envolvidos, visa o desenvolvimento da pesca esportiva no estado, incluindo exploração comercial com preservação dos rios e lagos, inserção da população ribeirinha gerando emprego, renda e reduzindo a pressão da pesca predatória, ordenamento da atividade de pesca, diminuição da sazonalidade para uma melhor distribuição de fluxo e renda nas regiões turísticas do Tocantins.
Ainda consta no escopo do projeto a identificação de espécies e de áreas potenciais para pesca, definição de estratégias, ações e indicadores da pesca, formatação de roteiros de pesca, produção de um guia de pesca do Estado, levantamento das infraestruturas disponíveis e capacitação de guias de pesca para atuarem no estado.
Plano Estratégico engloba todo o Tocantins, mas o roteiro turístico prioritário será elaborado para os municípios de Palmas, Porto Nacional, Lajeado e Peixe, e, posteriormente, outros municípios.
“Após essa oficina, faremos visitas em campo das áreas levantadas aqui com potenciais para atividade, o que nos ajudará orientar em outras etapas do projeto para a construção de uma política de pesca esportiva no estado”, explicou a coordenadora da empresa de consultoria Nippon e Ruschmann, Luciana Sagi.

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