sexta-feira, 6 de setembro de 2019

A Magia Soteropolitana

Thelma Maranhão, da Abrajet Tocantins

A música pergunta O que que a baiana tem? Eu respondo, indo um pouco mais além. Não só a baiana, mas o povo, a música, o gingado, o tempero, a Bahia e a sua capital, Salvador, todos têm uma verdadeira magia: encantar quem decide aventurar-se pela cidade e se deixar levar pela atmosfera leve do lugar.

Pelourinho. Foto: Luiz Pires

Foi com essa certeza que os integrantes da seccional da Abrajet Bahia resolveram, mais uma vez, realizar entre os dias 22 e 25 de agosto, o II Encontro Internacional de Jornalistas de Turismo, nomeado “Na terra e no ar, muita história pra contar”, evento que vem se superando a cada edição, e deixando para os demais estados a certeza de que encontrou e fixou a sua residência oficial.

Foto: Luiz Pires

A Abrajet local foi feliz em tudo. Dos painéis escolhidos aos lugares visitados, os jornalistas tiveram a oportunidade de ver, sentir e alargar seus conhecimentos. Diversas atrações e pontos turísticos foram apresentados, mas, certamente ficou guardada, num cantinho especial do coração, a visita ao Memorial Irmã Dulce, onde constatou-se todo o desprendimento, generosidade e humildade daquele ser iluminado, cujas ações na terra, aliados aos milagres atribuídos à ela, será canonizada no dia 13 de outubro, firmando-se como a primeira santa brasileira da nossa época, com o nome de ‘Santa Dulce dos Pobres’.

O Fasano também deixou sua marca. Símbolo da arquitetura baiana, a sede do antigo Jornal A Tarde, deu lugar ao imponente Hotel Fasano. Debruçado sobre a Baía de Todos os Santos, o hotel, que passou por longa reforma, se consolidou como o principal ícone da Praça Castro Alves. Especializado em bem receber os hóspedes mais criteriosos, o staff conseguiu impressionar o grupo de jornalistas, prestando uma recepção de excelência, oportunidade em que os abrajeteanos conheceram o requinte do seu interior e provaram a sofisticada culinária que traz o selo Fasano.

Pegando carona na 50ª Regata Aratu/Maragogi, que já se estabeleceu como uma das mais tradicionais regatas do País, os jornalistas, aconchegados a bordo de um catamarã, cruzaram a Baía de Todos os Santos, vislumbrando toda a sua exuberância. 

Jornalistas acompanhando a Regata Aratu/Maragogipe. 

Depois de curtirem a beleza azul do mar, a caravana ancorou em Cachoeira/BA. Localizada às margens do Rio Paraguaçu, a 120 km de Salvador, a cidade é considerada como uma das que mais preservaram a sua identidade cultural com o passar dos anos, o que a faz um dos principais roteiros turísticos históricos do Estado.

Foto: João Ramid

A opulência do seu casario, das suas igrejas e museus, levou a cidade a alcançar o status de "Cidade Monumento Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, IPHAN, que pôde ser conferido, oportunamente, pelo grupo. Após degustarem a gastronomia cachoeirense, os jornalistas, acompanhados do secretário de Cultura e Turismo do Município, Cleydson do Rosário, passaram uma gostosa tarde que entrou noite adentro, percorrendo ruas e becos, e apreciando a beleza e a história do lugar.

Mas, seguramente, um momento inesquecível, aconteceu na noite de sexta-feira. Depois de longo dia de palestras, visitação às obras do Centro de convenções da Bahia, previsto para inaugurar em dezembro, de conhecerem e provarem as delícias do Ceasinha, mercado superlimpo do Rio Vermelho, os abrajeteanos foram surpreendidos com a apresentação do grupo carnavalesco baiano, Paraoano Sai Milhó. 

Ao som de suas canções, recheadas das antigas marchinhas momescas, frevos, axés e afoxés, os integrantes do conjunto arrebataram os jornalistas para o centro do mercado, que entorpecidos com a musicalidade, transformaram o espaço num caldeirão efervescente de gingados suados e ritmos.

Foto: Luiz Pires

Afinal, de animação o baiano entende bem. Acho que foi pensando nisso, que a Abrajet Bahia, capitaneada pelo arretado, Gorgônio Loureiro, nem titubeou ao escolher dentre as apresentações o melhor que a Bahia tem. E ofereceu, na sua integralidade, a alegria, que é a marca registrada da Bahia. E assim, a gente se completa, enchendo de alegria a praça e o poeta. De todos os santos, encantos e axé, sagrado e profano o baiano é.... e assim, a gente se completa. Axé!



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