segunda-feira, 8 de junho de 2020

Mala de bordo será proibida, afirma Organização de Aviação Internacional

Coluna MINAS TURISMO GERAIS Jornalista Sérgio Moreira

Começará a ser proibida, segundo instruções emitidas pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), a mala de bordo colocada no bagageiro acima do assento, na cabine. A entidade divulgou novas regras para voar em tempos de coronavírus e os países devem aplicar imediatamente.
Passageiros não poderão levar malas ao bagageiro
A ação visa que os passageiros não tenham a oportunidade de ter contato físico. Dessa forma, passageiros só poderão voar com mochila ou bolsa que caiba embaixo do banco da frente. De acordo com a OACI, o motivo dessa medida é que, ao entrar e sair do avião, a colocação e a remoção de malas de mão causam inúmeras razões para o contato entre os passageiros.
Outro ponto é que a decisão terá um efeito econômico significativo nas empresas de baixo custo, que também cobraram pelo transporte da bagagem de mão no porão. Também foram emitidas instruções para o uso dos banheiros a bordo, com um reservado exclusivamente para a tripulação do avião, que são os que estão mais em risco.

Teatro mais antigo nas Américas é de Minas e completa 250 anos

Teatro Municipal de Ouro Preto

Aplausos de pé para uma joia da arquitetura colonial mineira, tesouro artístico nacional e monumento da primeira cidade brasileira a receber, há quatro décadas, o título de patrimônio da humanidade. A Casa da Ópera – Teatro Municipal de Ouro Preto, no Centro Histórico da antiga Vila Rica, completou dia 6 de junho, 250 anos de beleza e encantamento.

Mais antigo teatro em atividade nas Américas, inaugurado em 6 de junho de 1770, o espaço administrado pela prefeitura local poderá receber os parabéns pela rede virtual pela pandemia, toda a programação neste 2020 em que Ouro Preto celebra os 40 anos do título concedido pela Unesco e reverencia a memória de Felipe dos Santos (1680-1720) no tricentenário da Sedição de Vila Rica.

Em 2012, a pesquisadora publicou É lá que se representa a comédia: A Casa da Ópera de Vila Rica (1770-1822). Rosana é também autora de Estudos sobre a cenografia e o teatro em Portugal. Natural de Vitória (ES) e "mineira de coração", ela mora na cidade do Porto, em Portugal, e é pesquisadora na Universidade Nova de Lisboa.

Entrar no teatro, mesmo vazio, sentar-se na cadeira de palhinha e observar os detalhes da construção se tornam um prazer para quem gosta de celebrar a arte, valorizar a arquitetura e defender o patrimônio. Erguido no Largo do Carmo, em área tombada desde 1938 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Casa de Ópera tem formato de lira, sendo um dos poucos teatros no mundo que recriam o instrumento. Com acústica perfeita, fica entre as grandes paixões de cantores líricos e pesquisadores da obra, tanto pela beleza como pela longevidade.

Nos seus estudos, Rosana Brescia mostrou que, no Brasil, o Teatro de Bonecos do Rio de Janeiro (1719) e o Teatro da Câmara de Salvador (1733) foram pioneiros, mas saíram de cena. Logo depois, veio a primeira Casa da Ópera de Vila Rica, demolida em 1752. A inauguração do teatro de Ouro Preto, em 1770, se deu em homenagem ao aniversário do então rei de Portugal, dom José I (1714-1777).

Construído pelo coronel João de Souza Lisboa, com provável projeto arquitetônico de Mateus Garcia, seguindo as linhas do barroco italiano desaparecidas na mudança da fachada em 1861, a casa guarda uma série de curiosidades de bastidores. Na época, apenas os homens podiam subir ao palco e faziam também os papéis femininos, travestidos, mas a Casa da Ópera quebrou essa tradição. Há registros de mulheres em cena, embora a rainha dona Maria I (1734-1816) proibisse tal prática.

Conforme pesquisa divulgada pela prefeitura local, a Casa da Ópera foi espaço de espetáculos para a elite local e palco para atos políticos, como o de Rui Barbosa (1849-1923) na Campanha Civilista, no início de 1900. Em cena, no século 18, pela primeira vez no Brasil atrizes negras se apresentaram. Ao longo do tempo, a edificação sofreu várias alterações, com decoração remodelada em 1851. Em 1983, numa reforma, foram descobertas pinturas antigas de autoria desconhecida, supostamente feitas entre 1854 e 1862, representando a comédia e o drama. Em 2006, com apoio do Iphan e do extinto Programa Monumenta, do governo federal, o edifício foi restaurado e passou a contar com um anexo para o público e as produções artísticas.


Ouro Preto é Patrimônio Cultural da Humanidade

Já em 2014, sob descaso, com problemas estruturais e de segurança, a Casa da Ópera foi obrigada a fechar novamente as portas. Só foi reaberta em janeiro de 2017, assumida pela atual gestão municipal. O Estado de Minas documentou várias vezes a situação e cobrou providências das autoridades, pois havia vigas de madeira podres que colocavam em risco a vida das pessoas.

Aeroporto Industrial


 Entrada do aeroporto industrial

Em meio a esse momento turbulento, em função da pandemia do coronavírus, o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte tem uma boa notícia, sobretudo para a economia de Minas Gerais. Após cumprir uma série de exigências, o aeroporto acaba de ser certificado pela Receita Federal e está credenciado a iniciar a operação do primeiro Aeroporto Industrial do país. O projeto inédito tem como objetivo principal aumentar a competitividade das empresas brasileiras no contexto internacional e atrair investimentos externos para o Brasil. O aeroporto já está funcionando com a instalação das primeiras empresas industriais

Com a homologação do sistema de gestão do processo alfandegário junto à Receita, será possível garantir a conexão das empresas que forem atuar no aeroporto com o órgão, o que traz ganhos em logística e mais segurança. Com isso, as mercadorias admitidas neste regime podem ser submetidas às operações de exposição, demonstração e teste de funcionamento; industrialização e manutenção ou reparo, com suspensão do pagamento dos impostos incidentes na importação e na exportação, bem como suspensão de impostos ou utilização de benefícios fiscais.

“A certificação da Receita Federal e homologação do sistema é um passo de extrema importância para darmos andamento à operação do Aeroporto Industrial. Embora o país passe por um momento delicado, temos certeza que o projeto será fundamental para a retomada da economia mineira e também do país”, ressalta Rafael Laranjeira, gestor Executivo de Soluções Logísticas da BH Airport.


Aeroporto Internacional de Belo Horizonte tem capacidade para movimentar mais de 10 milhões de passageiros por ano

Maria Carmen Fantini de Castro, auditora-fiscal da Receita Federal, acompanhou todo o processo de certificação e ressalta a importância do projeto. “O Aeroporto Industrial é uma iniciativa pioneira e inovadora, que possibilitará aos beneficiários do regime desenvolver suas atividades em zona primária, com ganhos expressivos em logística e segurança. Além dos benefícios da suspensão tributária, o uso da zona aeroportuária permitirá mais agilidade no fluxo de importação e exportação das mercadorias, garantindo ainda a segurança e o controle aduaneiros”, avalia ela que também é presidente da Comissão de Alfandegamento que credenciou o Aeroporto Industrial.

O Aeroporto Internacional de Belo Horizonte é o primeiro do país a transformar o projeto Aeroporto Industrial em realidade. A iniciativa tem o objetivo principal de aumentar a competitividade das empresas brasileiras no contexto internacional e atrair investimentos externos para o Brasil e para o estado de Minas Gerais. A ideia é que o Aeroporto Industrial seja destinado, principalmente, à instalação de empresas de que tenham como foco principal a exportação de produtos manufaturados, utilizando matérias-primas importadas em seu processo produtivo.

Ao manufaturar seus produtos dentro do Aeroporto Industrial, as empresas terão os benefícios das isenções ficais quando exportarem seus produtos acabados. Além disso, terão a facilidade de importar matérias-primas e exportar sua produção utilizando o modal aéreo para acessar mercados internacionais e nacionais de forma rápida, eliminando o custo e o risco com o transporte rodoviário em seus processos logísticos.

Coluna MINAS TURISMO GERAIS Jornalista Sérgio Moreira informações para sergio51moreira@bol.com.br





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