segunda-feira, 18 de julho de 2022

Ocupação hoteleira é impulsionada nas férias de julho, afirma ABIH

O Tocantins tem 65% de ocupação no período, conforme a Associação Brasileira de Indústria de Hotéis (ABIH). Expectativa é que a ocupação dos hotéis continue em ascensão no segundo semestre do ano


Palmas, Tocantins,  região Norte. Divulgação 

Segundo a pesquisa, Pernambuco e Ceará lideram o ranking de ocupação hoteleira na região nordeste, com cerca de 70% de ocupação, seguidos pelo Piauí, com 69%, Paraíba (68%), Alagoas (67%), e Bahia (65%). Já no Maranhão, a expectativa é atingir 63%, enquanto Rio Grande do Norte espera-se 52% e, em Sergipe, 42%.

No Sul, o estudo revelou que Gramado e Bento Gonçalves são os destaques nessa época do ano no Rio Grande do Sul e ambas devem chegar até o final das férias com média de 80% de ocupação. Na capital, Porto Alegre, a expectativa é que esse índice fique em torno de 50%. No Paraná, a ocupação deve chegar a 75% nas cidades turísticas.

Já no Centro-Oeste, a ABIH informa que Caldas Novas e Aruanã, em Goiás, estão com 100% de ocupação. Em Goiânia, os números estão em torno de 60%, estimulados principalmente pelo turismo de compras e de negócios. Mato Grosso com 65%; Distrito Federal com 55%; e Mato Grosso do Sul, com 50%, completam o cenário da região.

Nos estados do Norte, o estudo indica um destaque para o Acre, com 70%, seguidos pelo Tocantins, Amapá e Pará, com 65% dos quartos comercializados no período.

Segundo o presidente da entidade, Manoel Linhares, o setor hoteleiro foi muito prejudicado durante estes últimos dois anos por conta da pandemia. Entretanto, Linhares afirma que os números da pesquisa indicam um aumento positivo no ramo e uma expectativa boa para os hotéis brasileiros.

“Eu digo que a pandemia foi brutal para a economia e devastador para o turismo. Ficamos com 80% da hotelaria fechada com o isolamento social. Para um empreendimento sobreviver, é necessário ter uma ocupação de 50% a 60%”, disse.

"Então, com a melhora do cenário pandêmico, o brasileiro passou a olhar o turismo nacional com outros olhos por não conseguir ir para destinos internacionais. Aos poucos, estamos chegando aos patamares de 2019. Claro que as coisas mudam, mas o segundo semestre sempre é melhor que o primeiro. Então acredito que a tendência é ter crescimento nas ocupações”, acrescentou.

O presidente da ABIH Nacional destaca que o turismo é um dos grandes responsáveis pela geração de empregos no Brasil. Segundo ele, é necessário aproveitar o momento de crescimento nos índices de ocupação hoteleira do país para pleitear com as autoridades melhores condições de desenvolver o potencial turístico do Brasil.

“O turismo é um dos setores que mais emprega no nosso país. Ele chega a gerar 10 milhões de ofícios e, só a hotelaria, gera cerca de 1,6 milhão de empregos. De forma indireta, são 600 mil pessoas que conseguem um trabalho por conta do setor hoteleiro. Desde a obra, até as instalações dos hotéis, tudo isso origina um cargo. Se todo prefeito, governador e presidente olhasse para o turismo, não tinha ninguém desempregado nesse país”, afirmou.

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