No dia que homenageia a bebida originalmente brasileira, plataforma de viagens dá dicas de como combinar viagem ao amor etílico
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Pinga, mé, birita, água que passarinho não bebe, martelo, bigorna, remédio… com milhares de apelidos carinhosos e presente nos copos de milhões de brasileiros, a cachaça é uma verdadeira paixão nacional.
Nesta sexta-feira (13), o Hurb indica
como celebrar o Dia
Nacional da Cachaça em Paraty (RJ), destino que mantém viva
a tradição do destilado.
Por muito tempo, a cachaça foi considerada uma bebida de baixo status, consumida majoritariamente por escravos e pela população pobre. No início do século XVII, chegou a ser proibida pela corte portuguesa, provocando uma revolta dos produtores locais contra a coroa. Em 13 de setembro de 1661, contudo, a rainha Luísa de Gusmão autorizou a produção e comercialização da cachaça no Brasil. Por isso, esta data foi escolhida para reverenciar um dos maiores ícones da cultura brasileira.
A cidade de Paraty, conhecida por seu importante porto comercial no período colonial, desempenhou um papel fundamental na produção de cachaça artesanal no Brasil. Paraty chegou a ser a principal região produtora do destilado durante o Brasil Colônia, a ponto de seu nome se tornar sinônimo da bebida - mais um apelido carinhoso. Até hoje, a cidade é uma referência na produção de cachaça de alta qualidade, promovendo uma tradição que é parte essencial da identidade local. Para os amantes da bebida, a visita à cidade da Costa Verde do Rio de Janeiro é uma imersão na história e no processo artesanal de produção. Por isso, destacamos três alambiques imperdíveis para visitação:
· Alambique Engenho D’Ouro: oferece visitas guiadas que mostram todas as
etapas de produção, desde a moagem até a destilação. No fim do tour, há uma
degustação de cachaças e licores;
· Alambique Coqueiro: fundado em 1803 pela família Mello, este
alambique segue a receita tradicional. A Coqueiro, uma das mais premiadas
cachaças do Brasil, é envelhecida em amendoim e carvalho europeu, garantindo um
sabor único e marcante;
· Alambique Paratiana: com um processo artesanal rigoroso, a Paratiana
utiliza diferentes tipos de madeira no envelhecimento, como amendoim, carvalho,
jequitibá e umburana, proporcionando sabores e aromas distintos à cachaça.
Após a visita, você tem a oportunidade de adquirir uma nova cachaça artesanal para a sua coleção, diretamente das mãos dos produtores. Se a ideia é fazer uma viagem temática, vale à pena ficar de olho nas datas do Festival da Cachaça, evento anual que reúne os principais alambiques da região para valorizar a produção local. O festival é uma das maiores expressões da identidade gastronômica e cultural do Brasil, exaltando um legado histórico que atravessa séculos. Lembre-se: é preciso ser comedido. Afinal, se "você pensa que cachaça é água, cachaça não é água não...".
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