segunda-feira, 10 de julho de 2023

Dona Lucinha eternizada com estátua no Mercado Central de Belo Horizonte

Coluna Minas Turismo Gerais – jornalista Sérgio Moreira

Dona Lucinha (1932-2019), foi responsável por iniciar um movimento de revalorização dos ingredientes tradicionais da cozinha mineira. Reconhecida no país e no exterior, ela foi empresária, professora, escritora e pesquisadora, além de exímia cozinheira, deixando um legado importante e inspirador para gerações de chefs e cozinheiros.


Secretário de Estado da Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira com familiares e amigos de dona Lucinha 

Dona Lucinha nasceu na cidade do Serro, teve 11 filhos. Com suas receitas culinárias trouxe para Belo Horizonte o seu conhecimento e fundou o restaurante Dona Lucinha. Para homenagear Dona Lucinha foi inaugurado dia 8 de julho, na entrada do Mercado Central, entre a avenida Augusto de Lima e rua Curitiba, uma escultura de bronze da dona Lucinha. A homenagem imortaliza a imagem da mulher do Serro que dedicou a vida para promover a gastronomia pelo mundo. Ela morreu em 2019.

A cozinheira foi retratada como amava passar a vida: com a colher na mão. "É mexendo um doce que me lembro da minha mãe, ela era apaixonada pela arte de cozinhar e pelo cheiro do tempero natural", lembrou a filha da homenageada, Márcia Nunes. Lucinha foi a fundadora de restaurantes que levam seu nome, localizados em Belo Horizonte e em São Paulo.

Para Márcia a estátua da mãe no mercado eterniza a figura de dona Lucinha, que era apaixonada pela diversidade de temperos comercializados no espaço. "Minha mãe amava o mercado e sua imensidão de aromas e sabores. Tê-la eternizada desse modo é esplendoroso. Além disso, o amigo e artista Léo conseguiu passar a essência do amor que minha mãe tinha pelo mercado e pela gastronomia por meio do olhar, mesmo em bronze o olhar da minha mãe está lá", comentou.


Na inauguração da estátua de dona Lucinha, sua filha Márcia e o artista plástico Léo Santana

Já o escultor Léo Santana contou que foi fácil imortalizar a mulher que viveu envolvida em meio aos sabores de Minas Gerais uma vez que teve a chance de conhecer dona Lucinha. "Conheci Lucinha, poucas foram as vezes que tive a oportunidade de esculpir uma figura que tive a chance de conhecer. Ela é a minha obra de número 70, mas pelo significado de Lucinha na minha vida, esta escultura é a meu número um", revelou emocionado o artista.  

Cozinha Mineira é patrimônio cultural imaterial



A partir do registro dos sistemas culinários do milho e da mandioca, a cozinha mineira foi declarada patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais, no dia 5 de julho, durante a reunião do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural (Conep), no Palácio da Liberdade. A deliberação aconteceu na mesma data em que se celebra o Dia da Gastronomia Mineira.

Com o objetivo de celebrar e promover os ingredientes, saberes e práticas que constituem a cultura alimentar mineira, o Governo de Minas lançou na ocasião o projeto Cozinha Mineira Patrimônio - Temporada 2023, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG).

“A proteção, que se deu nesta quarta-feira (5) à cozinha mineira como patrimônio imaterial, continua nessa temporada, a partir da qual nós vamos valorizar e promover a cultura alimentar e gastronômica de Minas Gerais. Isso significa que teremos vários festivais da cozinha mineira espalhados pelo estado, de forma especial no Circuito da Liberdade. Teremos também ações para desenvolver o turismo de base comunitária e, com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), pretendemos proteger e salvaguardar ainda mais a agricultura familiar”, pontuou o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira. 



Reunião do CONEP no Palácio da Liberdade

Na sequência, ele ressaltou a importância dos povos originários e tradicionais na construção da cozinha mineira. “É sobretudo no povo negro, nos povos indígenas da nossa terra, que nasce a genialidade dessa cozinha. É um dia de celebração imensa para Minas Gerais essa declaração da cozinha mineira como patrimônio imaterial do estado”, completou Oliveira.

O Cozinha Mineira Patrimônio contemplará uma série de ações que reforçam a importância da cozinha mineira para a cultura, o turismo e o desenvolvimento econômico e social do estado, enaltecendo a cozinha mineira enquanto patrimônio imaterial.

A deliberação sobre o Registro dos Sistemas Culinários da Cozinha Mineira – O Milho e a Mandioca são de grande relevância para o reconhecimento e a valorização de saberes e práticas desenvolvidos pelos povos originários e tradicionais, como as comunidades indígenas e negras. A contribuição desses povos foi essencial para que a mandioca e o milho constituíssem alguns dos pilares que sustentam a cozinha mineira.

O secretário Leônidas Oliveira sublinha como essa herança dos povos originários e tradicionais permeia a cultura alimentar dos mineiros. “O fubá, que é produzido a partir do milho, deu origem ao nosso angu e a diversos outros preparos, como broas, bolos e biscoitos. Eduardo Frieiro, no livro ‘Feijão, angu e couve’, demonstrou como a origem do angu está atrelada à história dos povos de origem africana que contribuíram para construir os hábitos alimentares em Minas Gerais, desde o período da formação do estado. A mandioca, cultivada pelos indígenas, é outro elemento essencial do qual se extrai o polvilho, que é a base do nosso pão de queijo, dos biscoitos, além da própria farinha que é ingrediente do tropeiro. O registro dos Sistemas Culinários da Cozinha Mineira - o Milho e a Mandioca, reverencia, assim, os povos originários e tradicionais, os fazedores de farinha, que desenvolveram os elementos fundantes da nossa cozinha”, reflete o secretário.

Primeiro sistema culinário caracterizado pelo Iepha-MG

Os saberes ligados ao milho e à mandioca constituem o primeiro sistema culinário a ser identificado pelo Iepha-MG no âmbito das pesquisas sobre a Cozinha Mineira. Essa decisão é fruto de estudos para a compreensão da cultura alimentar do estado, os quais vêm sendo realizados pelo Iepha-MG e parceiros desde 2019.

Outra etapa desse trabalho foi a identificação de quase 700 moinhos de milho e casas de farinha de mandioca em Minas Gerais. O cadastro foi viabilizado por meio da ação conjunta entre Iepha-MG, prefeituras, instituições de ensino, comunidades e pesquisadores.

O Registro dos Sistemas Culinários da Cozinha Mineira – O Milho e a Mandioca compreende o ato de se alimentar de maneira ampla, ressaltando os valores socioculturais, simbólicos e cosmológicos. Fatores como o plantio, o processamento, a preparação, o consumo são levados em conta junto as características de sociabilidade e ritualística atreladas aos lugares, paisagens, instrumentos, métodos e técnicas que definem os saberes culinários transmitidos ao longo das gerações.

Cozinha Mineira Patrimônio - Temporada 2023

 

O projeto Cozinha Mineira Patrimônio visa, assim, à promoção do repertório alimentar e gastronômico mineiro, a partir de ações voltadas ao fomento, à capacitação, à valorização e à divulgação dos sistemas culinários da cozinha mineira enquanto patrimônio cultural imaterial.

Além da entrega do dossiê para o Registro dos Sistemas Culinários da Cozinha Mineira – O Milho e a Mandioca, o Iepha-MG realizará a publicação de uma edição dos Cadernos do Patrimônio dedicada ao tema. A divulgação de peça audiovisual sobre o assunto e de material educativo a ser compartilhado nas escolas, bibliotecas e museus também estão previstas.

Compõem o trabalho do Iepha-MG: ações de identificação e pesquisa com finalidade de inventário ou registro dos saberes relacionados aos sistemas culinários e agrícolas desenvolvidos pelas comunidades tradicionais mineiras; organização e disponibilização do acervo documental sobre os bens culturais protegidos a nível municipal relacionados aos Sistemas Culinários da Cozinha Mineira para consulta pública; identificação de feiras e circuitos gastronômicos da Cozinha Mineira; organização e divulgação de um calendário que reúna as festividades gastronômicas relacionadas aos sistemas culinários associados ao milho e à mandioca no estado.

A articulação com os municípios é outro ponto importante, a partir do estímulo às iniciativas de salvaguarda, tendo em vista a pontuação no programa ICMS Patrimônio Cultural das cidades com bens protegidos no âmbito da Cozinha Mineira. 

Capacitações, por meio das Rodadas do Patrimônio Cultural, promovidas pelo Iepha-MG, também deverão contribuir para a formação de gestores sobre a temática da salvaguarda, incentivando a participação dos mais diversos agentes de patrimônio, em especial, os detentores do saber.   

A realização de um programa voltado à agricultura familiar, contemplando, por exemplo, comunidades ribeirinhas e quilombolas, é outra ação prevista. Com o nome Agricultura Familiar e Sustentável, o projeto visa preservar as práticas e conhecimentos transmitidos por gerações enquanto também auxilia essas comunidades na geração de renda de maneira sustentável. Esse trabalho será desenvolvido em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Campanhas - Além disso, a valorização da cozinha mineira baseia uma nova campanha do Governo do Estado, concebida para promover o destino Minas Gerais, a partir das “cinco estrelas” da atividade turística em território mineiro: a experiência gastronômica, o turismo de natureza, de aventura, os patrimônios históricos e a arte moderna e contemporânea.

No sábado (8/07), houve a inauguração, no Mercado Central, da estátua em homenagem à Dona Lucinha (1932-2019), responsável por iniciar um movimento de revalorização dos ingredientes tradicionais da cozinha mineira. Reconhecida no país e no exterior, ela foi empresária, professora, escritora e pesquisadora, além de exímia cozinheira, deixando um legado importante e inspirador para gerações de chefs e cozinheiros.

Destaque para o tema nas principais feiras de turismo do país é outro objetivo. A cozinha mineira estará atrelada à promoção da Candidatura dos Modos de Fazer o Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Imaterial da Unesco, a qual deverá se intensificar até 2024. 

Ampla divulgação do selo da Cozinha Mineira Patrimônio, desenvolvido pelo Instituto Periférico, em todas as ações, concursos e eventos que a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) desenvolver no segundo semestre de 2023 também está no radar.

O Seminário Internacional da Cozinha Mineira, que será sediado em Tiradentes, em novembro, é outra ação voltada à capacitação e promoção da cozinha mineira contemporânea.

A criação do Observatório da Cozinha Mineira é outro destaque. A proposta é estabelecer uma rede de pesquisa, com finalidade de monitorar o desenvolvimento da cozinha mineira através do levantamento de pesquisas, dados, números e elaboração de indicadores. 

Press trips, famtours gastronômicos, parceria com influenciadores digitais e chefs da cozinha mineira complementam o conjunto dessas ações. Rodadas de negócios com produtores e agentes para formatação de produtos turísticos deverão acontecer também até o fim de 2023.

Azeite saborizado em Minas acaba de ganhar cinco medalhas na Europa

A Kochen Azeites Saborizados ganhou, na Itália, mais cinco medalhas com seus azeites no dia 7 de julho, durante a 8ª Edição do EVO IOOC Itália, principal concurso de Azeites de Oliva da Itália, entre os 5 mais importantes Concursos Internacionais no Mundo.

O evento ocorreu na Villa Comunale de Palmi, Cidade Metropolitana de Reggio Calabria, Itália e a Sommelie Internacional de Azeite e CEO dos Azeites Kochen Saborizados, Katya Salomão esteve presente para representar o Brasil e os azeites brasileiros. 

O evento contou com visitas guiadas de degustação para conhecer a excelência mundial dos azeites, conduzidas pelos júris internacionais do EVO IOOC Itália 2023 e com a participação do presidente do concurso Dr. Antonio G. Lauro.

O azeite saborizado de Baunilha ficou entre os 5 melhores do mundo! Medalha de ouro para o trufa branca e baunilha e prata para cebola,  frutos do mar e alho e flor de sal.

“É muita emoção poder ter estado lá na Itália para receber essas medalhas e ter um dos nossos azeites entre os 5 melhores do mundo. Estamos trazendo para Minas mais cinco medalhas e isso mostra como o estado tem se destacado no mundo com sua gastronomia e produtos com qualidade e excelência”, conta Katya.  

O azeite saborizado Kochen surgiu no mercado há 5 anos e nasceu de uma paixão da empresária Katya Salomão, que também é Sommelier Internacional de Azeites AICOO – Itália, Sommelier de Azeite de Oliva UDELAR – Uruguai e mais recentemente Sommelier IRVEA – Austrália.

 “A paixão pelo azeite veio de família. Sou de origem síria e os azeites sempre estiveram presentes na nossa mesa. Minha avó paterna saborizava azeite para a família, e aprendi com ela essa técnica”, fala Katya.


Saborizar azeites é uma tradição bem antiga na história, mas, pouco explorado no Brasil. Por isso, hoje, o maior objetivo da Kochen é poder desbravar esse mercado.  Os azeites Kochen são produtos inovadores, saborosos, que significam também cuidado, atenção, qualidade, tradição. São feitos a base de insumos frescos, escolhidos a dedo. “Por exemplo, o nosso defumado é feito a partir do vapor orgânico, ou seja, todos os nossos produtos são o mais naturais possível”, afirma Katya. Os azeites já podem ser encontrados nos principais empórios de todo Brasil. Contatos (31)99788-6627 Email: k.azeites@gmail.com Instagram:  @kochenazeitessaborizados Face: Kochen Azeites Saborizado

Coluna Minas Turismo Gerais, Jornalista Sérgio Moreira @sergiomoreira63 Informações para a coluna enviar para sergio51moreira@bol.com.br



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