Coluna MINAS TURISMO GERAIS Jornalista Sérgio Moreira
Começará a ser proibida, segundo instruções
emitidas pela Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), a mala de
bordo colocada no bagageiro acima do assento, na cabine. A entidade divulgou
novas regras para voar em tempos de coronavírus e os países devem aplicar
imediatamente.
Passageiros
não poderão levar malas ao bagageiro
A ação visa que os
passageiros não tenham a oportunidade de ter contato físico. Dessa forma,
passageiros só poderão voar com mochila ou bolsa que caiba embaixo do banco da
frente. De acordo com a OACI, o motivo dessa medida é que, ao entrar e sair do
avião, a colocação e a remoção de malas de mão causam inúmeras razões para o
contato entre os passageiros.
Outro ponto é que a decisão terá um efeito econômico significativo nas
empresas de baixo custo, que também cobraram pelo transporte da bagagem de mão
no porão. Também foram emitidas instruções para o uso dos banheiros a bordo,
com um reservado exclusivamente para a tripulação do avião, que são os que
estão mais em risco.
Teatro mais antigo nas Américas é de Minas e completa 250 anos
Teatro Municipal de Ouro Preto
Aplausos de pé para uma joia da arquitetura
colonial mineira, tesouro artístico nacional e monumento da
primeira cidade brasileira a receber, há quatro décadas, o título de patrimônio
da humanidade. A Casa
da Ópera – Teatro Municipal de Ouro Preto, no Centro
Histórico da antiga Vila Rica, completou dia 6 de junho, 250 anos de beleza e
encantamento.
Mais antigo teatro em atividade nas
Américas, inaugurado em 6 de junho de 1770, o
espaço administrado pela prefeitura local poderá receber os parabéns pela rede
virtual pela pandemia, toda a programação neste 2020 em que Ouro Preto celebra
os 40 anos do título concedido pela Unesco e reverencia a memória de Felipe dos
Santos (1680-1720) no tricentenário da Sedição de Vila Rica.
Em 2012, a pesquisadora publicou É lá que se
representa a comédia: A Casa da Ópera de Vila Rica (1770-1822). Rosana é também
autora de Estudos sobre a cenografia e o teatro em Portugal. Natural de Vitória
(ES) e "mineira de coração", ela mora na cidade do Porto, em
Portugal, e é pesquisadora na Universidade Nova de Lisboa.
Entrar no teatro, mesmo vazio, sentar-se na
cadeira de palhinha e observar os detalhes da construção se tornam um prazer
para quem gosta de celebrar a arte, valorizar a arquitetura e defender o
patrimônio. Erguido no Largo do Carmo, em área tombada desde 1938 pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Casa de Ópera
tem formato de lira, sendo um dos poucos teatros no mundo que recriam o
instrumento. Com acústica perfeita, fica entre as grandes paixões de cantores
líricos e pesquisadores da obra, tanto pela beleza como pela longevidade.
Nos seus estudos, Rosana Brescia mostrou que,
no Brasil, o Teatro de Bonecos do Rio de Janeiro (1719) e o Teatro da Câmara de
Salvador (1733) foram pioneiros, mas saíram de cena. Logo depois, veio a
primeira Casa da Ópera de Vila Rica, demolida em 1752. A inauguração do teatro
de Ouro Preto, em 1770, se deu em homenagem ao aniversário do então rei de
Portugal, dom José I (1714-1777).
Construído pelo coronel João de Souza Lisboa,
com provável projeto arquitetônico de Mateus Garcia, seguindo as linhas do
barroco italiano desaparecidas na mudança da fachada em 1861, a casa guarda uma
série de curiosidades de bastidores. Na época, apenas os homens podiam subir ao
palco e faziam também os papéis femininos, travestidos, mas a Casa da Ópera
quebrou essa tradição. Há registros de mulheres em cena, embora a rainha dona
Maria I (1734-1816) proibisse tal prática.
Conforme pesquisa divulgada pela prefeitura
local, a Casa da Ópera foi espaço de espetáculos para a elite local e palco
para atos políticos, como o de Rui Barbosa (1849-1923) na Campanha Civilista,
no início de 1900. Em cena, no século 18, pela primeira vez no Brasil atrizes negras
se apresentaram. Ao longo do tempo, a edificação sofreu várias alterações, com
decoração remodelada em 1851. Em 1983, numa reforma, foram descobertas pinturas
antigas de autoria desconhecida, supostamente feitas entre 1854 e 1862,
representando a comédia e o drama. Em 2006, com apoio do Iphan e do extinto
Programa Monumenta, do governo federal, o edifício foi restaurado e passou a
contar com um anexo para o público e as produções artísticas.
Ouro Preto é Patrimônio Cultural da Humanidade
Já em 2014, sob descaso, com problemas
estruturais e de segurança, a Casa da Ópera foi obrigada a fechar novamente as
portas. Só foi reaberta em janeiro de 2017, assumida pela atual gestão
municipal. O Estado de Minas documentou várias vezes a situação e cobrou providências
das autoridades, pois havia vigas de madeira podres que colocavam em risco a
vida das pessoas.
Aeroporto
Industrial
Entrada do aeroporto industrial
Em
meio a esse momento turbulento, em função da pandemia do coronavírus, o
Aeroporto Internacional de Belo Horizonte tem uma boa notícia, sobretudo para a
economia de Minas Gerais. Após cumprir uma série de exigências, o aeroporto
acaba de ser certificado pela Receita Federal e está credenciado a iniciar a
operação do primeiro Aeroporto Industrial do país. O projeto inédito tem como
objetivo principal aumentar a competitividade das empresas brasileiras no
contexto internacional e atrair investimentos externos para o Brasil. O
aeroporto já está funcionando com a instalação das primeiras empresas industriais
Com
a homologação do sistema de gestão do processo alfandegário junto à Receita,
será possível garantir a conexão das empresas que forem atuar no aeroporto
com o órgão, o que traz ganhos em logística e mais segurança. Com isso, as
mercadorias admitidas neste regime podem ser submetidas às operações de
exposição, demonstração e teste de funcionamento; industrialização e manutenção
ou reparo, com suspensão do pagamento dos impostos incidentes na importação e
na exportação, bem como suspensão de impostos ou utilização de benefícios
fiscais.
“A
certificação da Receita Federal e homologação do sistema é um passo de extrema
importância para darmos andamento à operação do Aeroporto Industrial. Embora o
país passe por um momento delicado, temos certeza que o projeto será
fundamental para a retomada da economia mineira e também do país”, ressalta
Rafael Laranjeira, gestor Executivo de Soluções Logísticas da BH Airport.
Aeroporto
Internacional de Belo Horizonte tem capacidade para movimentar mais de 10 milhões
de passageiros por ano
Maria
Carmen Fantini de Castro, auditora-fiscal da Receita Federal, acompanhou todo o
processo de certificação e ressalta a importância do projeto. “O Aeroporto
Industrial é uma iniciativa pioneira e inovadora, que possibilitará aos
beneficiários do regime desenvolver suas atividades em zona primária, com
ganhos expressivos em logística e segurança. Além dos benefícios da suspensão
tributária, o uso da zona aeroportuária permitirá mais agilidade no fluxo de
importação e exportação das mercadorias, garantindo ainda a segurança e o
controle aduaneiros”, avalia ela que também é presidente da Comissão de
Alfandegamento que credenciou o Aeroporto Industrial.
O
Aeroporto Internacional de Belo Horizonte é o primeiro do país a transformar o
projeto Aeroporto Industrial em realidade. A iniciativa tem o objetivo
principal de aumentar a competitividade das empresas brasileiras no contexto
internacional e atrair investimentos externos para o Brasil e para o estado de
Minas Gerais. A ideia é que o Aeroporto Industrial seja destinado,
principalmente, à instalação de empresas de que tenham como foco principal a
exportação de produtos manufaturados, utilizando matérias-primas importadas em
seu processo produtivo.
Ao
manufaturar seus produtos dentro do Aeroporto Industrial, as empresas terão os
benefícios das isenções ficais quando exportarem seus produtos acabados. Além
disso, terão a facilidade de importar matérias-primas e exportar sua produção
utilizando o modal aéreo para acessar mercados internacionais e nacionais de
forma rápida, eliminando o custo e o risco com o transporte rodoviário em seus
processos logísticos.
Coluna MINAS TURISMO GERAIS Jornalista Sérgio
Moreira informações para sergio51moreira@bol.com.br