Coluna Minas Turismo Gerais jornalista Sérgio
Moreira
O Benjamim Guimarães passou por uma grande reforma e
agora pode ser apreciado pelo público em dias e horários programados. Ele é o
único barco a vapor em funcionamento do mundo, após o término de uma reforma
completa, no dia 1º de junho, às margens do Rio São Francisco.
Benjamim
Guimarães reformado
Rio São
Francisco, em Pirapora
Sem navegar desde
2013, o Benjamim Guimarães foi apresentado em uma cerimônia que marca os 113
anos de Pirapora, no Norte de Minas Gerais. A restauração fez parte do projeto
de R$ 5,3milhões do Ministério de Minas e Energia.
Apesar de ser
reinaugurado, o vapor ainda não navegará. Mesmo estando em condições para
percorrer as águas do São Francisco, por questões de segurança, o Benjamim
precisa que o rio esteja com um maior volume. Por isso, toda a cerimônia de
entrega foi feita com barco ancorado.
Segundo a
Prefeitura, as visitas podem ser feitas por turistas, moradores e instituições
de ensino nos seguintes horários, que devem ser previamente
agendados. Público em geral: Quintas, sextas e sábados: às 10h e às
15h. Domingos, apenas às 10h
Para escolas,
instituições de ensino e educadores: Terças e quintas, às 10h e às
15h.
Ainda de acordo com
a Prefeitura, para ter acesso ao barco vapor é preciso ter autorização e
registro prévio no Centro de Apoio ao Turista (CAT), que fica no quiosque 3 da
orla fluvial, na Avenida Salmeron. O CAT funciona de terça a sábado, das 8h às
18h, e aos domingos, das 8h às 12h.
Para mais informações o telefone é o (38) 3741-2366.
A embarcação, que navegou pela última vez em 2013 e serviu de cenário para a novela Velho Chico, pertence à cidade, que fica às margens do Rio São Francisco e tem 57 mil habitantes.
Sistema de monitoramento que fortalece a conservação de animais silvestres no Parque do Rola-Moça
Preservar
o meio ambiente é fundamental porque dele obtemos todos os recursos
essenciais para a vida, como água, ar, alimentos e matérias-primas, e sua
degradação ameaça o bem-estar humano e a sobrevivência de outras espécies. Além
disso, a preservação é crucial para garantir um planeta saudável para as
futuras gerações e para manter o equilíbrio dos ecossistemas.
O Parque Estadual Serra do Rola-Moça é uma das áreas verdes mais importantes de Minas Gerais. Com 3.941,09 hectares, é o terceiro maior parque de preservação ambiental em área urbana do Brasil. O mesmo está localizado nos municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho e foi criada em 1994.
A
reserva possui vários mananciais que abastecem a Região Metropolitana
de Belo Horizonte, além de uma rica diversidade de fauna, com espécies
ameaçadas de extinção, como por exemplo, a onça parda, a jaguatirica,
lobo-guará, o gato-do-mato, o macuco e o veado-campeiro.
Situado
na zona de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica, sendo, portanto, rico
em campos ferruginosos e de altitude, o parque abriga espécies raras como
orquídea, bromélia, candeia, jacarandá, cedro, jequitibá, arnica e a
canela-de-ema, que se tornou seu símbolo.
Recentemente
descrito pela geologia, o Campo Ferruginoso é muito raro, sendo encontrado
apenas em Minas Gerais, no quadrilátero ferrífero, e em Carajás, no Estado do
Pará. Entre os principais atrativos destacam-se as trilhas e mirantes, em
especial o “Morro dos Veados”, pois além de possibilitar uma visão panorâmica
do vale é ainda uma ótima parada para registrar uma boa selfie.
O
Parque possui também diversas trilhas e mananciais, - como o Lago Azul-, que
podem ser visitados para fins de Educação Ambiental, mediante disponibilidade
de atendimento.
Equipados
com coleiras de rastreamento, lobos-guarás, onças-pardas e outros carnívoros
são acompanhados por equipes técnicas que avaliam deslocamentos, sobrevivência
e adaptação das espécies. O uso de coleiras de rastreamento
tornou-se um importante aliado nas ações de manejo da fauna em Minas Gerais. Os
dispositivos registram o comportamento e a movimentação dos animais após a
soltura, oferecendo dados estratégicos que orientam o trabalho de campo e
fortalecem as políticas públicas de conservação da biodiversidade no Estado.
Lobo-guará monitorado (Robson Santos /
Sisema)
No
Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, administrado pelo Instituto Estadual de
Florestas-IEF, o monitoramento integra um trabalho contínuo de pesquisa e
proteção.
As equipes realizam capturas rápidas e seguras: o animal é sedado, passa por
exames clínicos, coleta de sangue e pesagem e, em menos de uma hora, é
devolvido ao local de origem, minimizando o estresse e maximizando a coleta de
informações científicas.
Segundo
o biólogo Joaquim Silva, coordenador do programa de monitoramento, o uso de
rádio-colares representa um avanço na compreensão da ecologia de espécies de
vida livre.
"Os
equipamentos variam em tamanho conforme o porte do animal e enviam dados via
satélite quase de hora em hora, permitindo entender padrões de comportamento,
deslocamento e áreas de uso", explica.
As
coleiras possuem sistema automatizado de liberação (drop-off), que se
desprende do animal após até dois anos, sem causar danos.
"Apesar
de parecerem grandes, pesam no máximo 5% a 6% do peso corporal. No caso das
onças, apenas 2,6%. Os animais se adaptam rapidamente, e o dispositivo é
resistente à água, vegetação densa e longos períodos de exposição. É a mesma
tecnologia usada em projetos nacionais e internacionais", completa
Joaquim.
O
acompanhamento permite identificar padrões de atividade antes imperceptíveis.
Os dados revelam momentos de repouso, caça ou deslocamento por diferentes tipos
de vegetação, ajudando a mapear corredores ecológicos e identificar riscos,
como atropelamentos e perda de habitat.
Ela
ressalta que o estudo fornece subsídios para pesquisas e políticas de
conservação. "Compreender o comportamento dos animais em ambientes
próximos da área urbana é essencial para garantir sua sobrevivência e promover
o bem-estar animal", afirma.
De
acordo com o gerente do Parque Estadual da Serra do Rola-Moça, Henri Collet, a
prioridade é preservar a integridade física e o bem-estar do animal.
Robson Santos / Sisema
"A
captura é feita com segurança e supervisionada por veterinários. Após a
sedação, realizamos exames e verificamos possíveis doenças, especialmente pela
convivência com animais domésticos. Todo o processo dura, no máximo, uma hora,
e a soltura ocorre imediatamente no mesmo local", explica.
Os
dados coletados alimentam um banco de informações compartilhado com o Centro
Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap/ICMBio), que
integra uma rede nacional e internacional de especialistas. O objetivo é
ampliar o conhecimento sobre o comportamento e a adaptação de espécies como o
lobo-guará, a jaguatirica e a onça-parda, todas presentes em Minas Gerais.
Além
de apoiar pesquisas, o monitoramento contribui para o planejamento territorial
e o fortalecimento das políticas ambientais. “A ecologia do movimento nos
permite ver a paisagem pelos olhos de um lobo, por exemplo. Ao compreender
quais áreas eles utilizam e consideram vitais, conseguimos priorizar zonas de
conservação e identificar espaços de coexistência entre fauna e atividades
humanas”, afirma Joaquim Silva.
O
estudo no Rola-Moça é inédito por ocorrer em uma área sob forte pressão urbana
— próxima a rodovias, empreendimentos e mineração — e busca entender como os
animais desenvolvem estratégias de sobrevivência nesse contexto.
"Esses dados ajudam a integrar o planejamento ambiental às realidades
socioeconômicas locais, garantindo a manutenção dos ecossistemas e dos serviços
ambientais essenciais ao longo do tempo", conclui o biólogo.
FestCurtas BH
O
Festival Internacional de Curtas de Belo Horizonte ocupará mais uma vez o Palácio
das Artes em sua 27ª edição. O FestCurtasBH,
realizado pela Fundação Clóvis Salgado, acontece entre os dias 31 de outubro e
9 de novembro de 2025. Este ano, o festival traz como um dos temas centrais
“Filme-Feitiço” e tem a sua abertura no dia das bruxas, com o show
“Femme Frame” da multiartista Ava Rocha.
Ava Rocha (foto Carolina Amorim)
A artista traz um show minimalista e experimental, explorando, revelando e expressando elementos de sua pesquisa estética. A noite conta ainda com a exibição de filmes da diretora homenageada Narcisa Hirsch, no Cine Humberto Mauro, e com a apresentação da DJ DJAHI nos Jardins Internos.
DJ DJAHI (foto Renato Ronmie)
A
apresentação de Ava encerra a abertura do festival, a partir das 22h30,
com entrada gratuita.
Filha
dos cineastas Glauber Rocha e Paula Gaitán, Ava Rocha é cantora, compositora,
cineasta, performer, artista visual e sonora, montadora e poeta que extrapola
as fronteiras das linguagens.
A artista lançou em maio de 2020 seu último registro musical, o compacto “Sal Gruesa”, com a banda colombiana Los Toscos. Sua discografia reúne outros três trabalhos, "Diurno" (2011), “Ava Patrya Yndia Yracema” (2015) e “Trança” (2018), além de singles como "Língua Loka" (2016) e "Âmbar" (2019), este último escrito por Adriana Calcanhoto, e inúmeras participações em discos como os de Jards Macalé, Anelis Assumpção, Negro Leo, Iara Rennó, Gustavo Galo, entre outros.
Como
compositora foi gravada por Tulipa Ruiz, Fafá de Belém, Lia de Itamaracá,
Juliana Perdigão, Negro Leo, Jards Macalé, Ana Frango Elétrico, entre outros. A
cantora e compositora teve grande receptividade da crítica e do público,
ganhando com seu segundo disco diversos prêmios e reconhecimento de outros
artistas internacionais, como Iggy Pop. Compôs ainda trilhas e desenhou o som
de inúmeros filmes, tais quais "Transeunte", "Se Hace Camino al
Andar", "Noite ", "Edna" e "Quimera", assim
como tem músicas suas em filmes como "Abismo Tropical" de Paulo
Caldas.
O 27º FestCurtasBH é realizado
pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de
Cultura e Turismo, Prefeitura de Belo Horizonte e Fundação Clóvis Salgado, com
patrocínio da Cemig, Instituto Cultural Vale, Grupo Fredizak, Instituto
Unimed-BH, ArcelorMittal e Vivo, apoio da MGS e correalização da APPA – Cultura
& Patrimônio. A ação é viabilizada pela Lei Federal de Incentivo à
Cultura.
O Palácio das Artes integra o Circuito Liberdade, que reúne 35 equipamentos com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. A ação é viabilizada por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Vale-Cultura. Governo do Brasil, do lado do povo brasileiro.
Filmes
Diários Patagônicos 1 e 2 (foto Narcia Hirsch)
“Espetáculo-feitiço” — A noite tem início com uma sessão de
abertura, exibindo dois filmes da Mostra Especial, que homenageia a cineasta
germano-argentina Narcisa Hirsch. Neste programa, o público poderá conferir
“Diários Patagônicos 1” (1970) e “Diários Patagônicos 2” (1972), peças
experimentais que a própria cineasta definia como “delírios fílmicos”. As
produções misturam paisagens desérticas de um território montanhoso a trilhas
sonoras e sobreposições de rostos e corpos.
Filme
“Rezbotanik” (foto Pedro Gonçalves Ribeiro)
Além
disso, a sessão conta com o filme “Rezbotanik” (2025), de Pedro Gonçalves
Ribeiro, que provoca uma reflexão sobre o universo queer. Na
sequência, às 21h, uma DJ irá iniciar a programação musical com ritmos
afro-brasileiros e de origem preta e latino-americana, como funk, pagode,
afrobeats, techno e electro funk. O show principal acontece nos Jardins
Internos do Palácio das Artes, às 22h30, com Ava Rocha apresentando o show
“Femme Frame”.
A
artista conta que pretende impactar o público com uma experiência única,
propondo a união das linguagens do cinema, do teatro e da música. “Pensando em
fronteiras de gênero, duração e forma, digamos que ‘Femme Frame’ pretende não
respeitar nenhuma cerca, sendo assim é quase uma obra clandestina, sem
passaporte definido”, afirma Ava.
CINE
HUMBERTO MAURO – Um dos mais tradicionais cinemas de Belo
Horizonte, foi inaugurado em 1978. Seu nome homenageia um dos pioneiros do
cinema brasileiro, o mineiro Humberto Mauro (1897-1983), grande realizador
cinematográfico. Com 129 lugares, possui equipamentos de som Dolby Digital e
para exibição de filmes em 3D e 4K.
Nestes
mais de 45 anos de existência, a Fundação Clóvis Salgado tem investido na
consolidação do espaço como um local de formação de novos públicos a partir de
programação diversificada, bem como através da criação de mecanismos de estímulo
à produção audiovisual, com a realização do tradicional FestCurtasBH – Festival
Internacional de Curtas de Belo Horizonte, e o Prêmio Estímulo ao
Curta-Metragem de Baixo Orçamento.
O
Cine Humberto Mauro também é um importante difusor do conhecimento ao promover
cursos, seminários, debates e palestras. Sessões permanentes e comentadas
também têm espaço cativo a partir das mostras História Permanente do Cinema,
Cinema e Psicanálise, Curta no Almoço, entre outros. Todas as atividades do
Cine Humberto Mauro são gratuitas.
FUNDAÇÃO
CLÓVIS SALGADO – Com a missão de fomentar a criação,
formação, produção e difusão da arte e da cultura no estado, a Fundação Clóvis
Salgado (FCS) é vinculada à Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas
Gerais (Secult). Artes visuais, cinema, dança, música erudita e popular, ópera
e teatro constituem alguns dos campos onde se desenvolvem as inúmeras
atividades oferecidas aos visitantes do Palácio das Artes, CâmeraSete – Casa da
Fotografia de Minas Gerais – e Palácio da Liberdade, espaços geridos pela FCS.
A
Instituição é responsável também pela gestão dos corpos artísticos – Cia de
Dança Palácio das Artes, Coral Lírico de Minas Gerais e Orquestra Sinfônica de
Minas Gerais –, do Cine Humberto Mauro, das Galerias de Arte e do Centro de
Formação Artística e Tecnológica (Cefart).
A
Fundação Clóvis Salgado é responsável, ainda, pela gestão do Circuito
Liberdade, do qual fazem parte o Palácio das Artes, Palácio da Liberdade e a
CâmeraSete. Em 2021, quando celebrou 50 anos, a FCS ampliou sua atuação em
plataformas virtuais, disponibilizando sua programação para público amplo e
variado. O conjunto dessas atividades fortalece seu caráter público, sendo um
espaço de todos e para todas as pessoas.
Classificação
indicativa: Varia de acordo com a programação. Entrada
gratuita. Informações para o público: (31) 3236-7307 / www.fcs.mg.gov.br
Em
2025, a Sede-MG, em parceria com o Sebrae Minas, manterá a participação dos
artesãos em estandes exclusivos, instalados em um espaço de mais de 1.000 m²,
destinado à exposição e comercialização de produtos.
Desde
2003, o Governo de Minas, por meio da Diretoria do Artesanato Mineiro da Sede-MG,
participa de forma ininterrupta da FNA, garantindo visibilidade e oportunidades
de negócio para os artesãos mineiros.
Coluna Minas Turismo Gerais Jornalista
Sérgio Moreira @sergiomoreira63 informações para a coluna enviar para
sergio51moreira@bol.com.br
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