domingo, 21 de abril de 2024

Desafios e avanços na política ambiental do Tocantins marcam os 35 anos de história do Naturatins

Com foco na proteção, fiscalização e controle ambiental órgão ambiental foi criado para atender o Estado recém-criado

Fiscalização no Parque Estadual do Cantão (Foto: Naturatins/Governo do Tocantins)

Registro da construção de prédio próprio (Foto: Naturatins/Governo do Tocantins)

Há exatos 35 anos nascia o órgão ambiental do mais novo Estado da federação a partir da necessidade de ter uma instituição com competência técnica para promover estudos, pesquisas e experimentos, com foco na proteção, fiscalização e controle ambiental. E, assim, promover uso racional dos recursos ambientais.

Em 21 de abril, a Lei nº 29/1989 criou a Fundação Natureza do Tocantins e como primeiro presidente, Leolídio Di Ramos Caiado. Sete anos depois, em 26 de julho, com a publicação da Lei nº 858/1996, a fundação se tornou autarquia, e a partir de então passa a se chamar Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins). Um ano depois, sua sede própria foi instalada, com nova estrutura organizacional e quadro de servidores ampliado.

Conforme a lei específica, que institui a autarquia, compete ao Naturatins: a execução da política ambiental do Tocantins; o monitoramento e o controle ambiental; a fiscalização do cumprimento da legislação ambiental; e, ainda, a prestação de serviços advindos de convênios, acordos e contratos.

Responsável pela execução de políticas públicas voltadas para a preservação e conservação dos recursos naturais, o órgão também tem a preocupação de promover ações voltadas para o bem estar socioambiental, por meio de projetos voltados para o manejo sustentável dos recursos naturais geradores de renda familiar.

História

Desde a sua criação, o Naturatins tem como principal ativo o conjunto diversificado de profissionais das mais variadas esferas do conhecimento. Unidos pela busca por excelência, amor pelos recursos naturais do Tocantins e compromisso com a proteção e conservação do meio ambiente. Além de servidores do quadro geral, o Instituto possui plano de cargo e carreira próprio, composto por guarda-parques, fiscais e inspetores ambientais.

O engenheiro florestal Jorge Leonam conta que começou a trabalhar na então Fundação Natureza do Tocantins em agosto de 1989. “O órgão funcionava em uma casa residencial em Miracema do Tocantins. Quando cheguei os servidores eram Leolídio Caiado (presidente); Geraldo Aires (diretor administrativo); Acyr Brandão (diretor técnico); um auxiliar administrativo; uma cozinheira/faxineira; um motorista e dois engenheiros florestais: Valerio Bernardes e eu. Meu trabalho inicial foi estudar a legislação da FEMAGO [então Fundação Estadual do Meio Ambiente de Goiás] para licenciar loteamentos rurais e urbanos do Estado e acompanhar a fiscalização do Ibama na região sudeste, fechando diversos garimpos de ouro. Não havia uma picape do Estado para trabalhar, então utilizamos a particular do gestor e do diretor técnico para viagens e fiscalização ambiental”, recordou.

Com sede em Palmas, o Instituto conta atualmente com 15 unidades regionais distribuídas em todas as regiões e é responsável pela gestão das Unidades de Conservação de Proteção Integral e de Uso Sustentável.

Entre os anos de 1994 e 2022 foi o período em que Alice Reis atuou no Naturatins. Agora aposentada, a educadora ambiental destaca que este é o momento de agradecer por todos esses anos de trabalho. "De 1994 a 2022, vejo um filme de grandes memórias e realizações da minha vida aqui no Naturatins. Foram muitas oportunidades, desafios vencidos, projetos concluídos, risadas compartilhadas e histórias inesquecíveis com os colegas. Levo comigo lições valiosas de muito aprendizado que fizeram parte da minha história ao longo desses anos. Tenho hoje a certeza de que minha caminhada aqui no Instituto não foi em vão e que pude de alguma forma contribuir para a história e o sucesso do Instituto bem como para o crescimento da política de meio ambiente e de educação ambiental do estado", declarou.

Presidentes

Ao longo de sua história, foram 20 presidentes, dos quais quatro ocuparam a presidência do órgão por duas vezes. A única mulher a comandar o Instituto foi a jornalista e ambientalista Marli Terezinha dos Santos, que é atualmente superintendente da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh). Dois servidores de carreiras ocuparam o posto: Jorge Kleber Neiva Brito e Alexandre Rodrigues.

Confira a lista:

1º - Leolídio Di Ramos Caiado

2º - Maurício Dutra Garcia

3º - Djane Lacerda

4º - Stalin Juarez Gomes Bucar

5º - Lívio William Reis de Carvalho

6ª - Marli Terezinha dos Santos

7º - Isac Braz da Cunha

8º - João Josué Batista Neto

9º - Marcelo Falcão Soares

10º - Stalin Beze Bucar Júnior

11º - Alexandre Tadeu de Moraes Rodrigues

12º - Stalin Beze Bucar Júnior (2ª vez)

13º - Ricardo de Souza Fava

14º - Herbert Brito Barros

15º - Jorge Kleber Neiva Brito

16º - Herbert Brito Barros (2ª vez)

17º - Jorge Kleber Neiva Brito (2ª vez)

18º - Marcelo Falcão Soares (2ª vez)

19° - Sebastião Albuquerque

20º - Renato Jayme

Lidiane Moreira/Governo do Tocantins

Nova Rodoviária de Gurupi será construída com recursos destinados pela senadora Professora Dorinha

O aviso de Licitação de Concorrência Pública, tipo menor preço, para contratação de empresa de engenharia para construção do novo terminal rodoviário de Gurupi foi publicado na edição do Diário Oficial de Gurupi desta sexta-feira, 19.



Divulgação

A obra, orçada em R$ 13 milhões, terá uma área construída de 3.500m², sendo que já estão garantidos R$ 10 milhões destinados pela senadora Professora Dorinha.

O local escolhido para a construção da nova rodoviária de Gurupi é uma área no Trevo Sul – no encontro da Avenida Goiás com a BR-153 – antigo posto Cometa, adquirida pela Prefeitura junto a uma empresa privada. O processo licitatório vai iniciar agora em razão da escritura da área ter sido expedida na última quinta-feira, 18.

As empresas interessadas devem enviar as propostas até às 08h45 do dia 8 de maio de 2024. A sessão pública será aberta às 9h no portal 

www.portaldecompraspublicas.com.br.

O edital e anexos estão disponíveis nos sites 

www.gurupi.to.gov.br e www.portaldecompraspublicas.com.br.Dúvidas

podem ser esclarecidas pelo e-mail 

cpl@gurupi.to.gov.br

A prefeita Josi Nunes comemora mais um passo para a realização deste grande sonho dos gurupienses e um de seus compromissos. “A atual rodoviária está muito aquém da realidade de Gurupi e, por muitos anos, foi prometida a construção em um novo local. Assumimos este compromisso e trabalhamos arduamente para executá-lo. Dialogamos bastante para conseguir essa área e agora daremos um passo para o início da licitação. Vamos aguardar as empresas interessadas neste grande projeto para a construção de uma rodoviária ampla e moderna”, disse a Prefeita.

Secom Gurupi

 

sábado, 20 de abril de 2024

Palmas sedia 2° Torneio de Pesca Esportiva da Pantanal

O torneio de pesca esportiva no lago de Palmas organizado pela Pantanal Pesca termina neste sábado, 20/04. O evento iniciou nesta sexta, 19/04, e conta com o apoio da Prefeitura de Palmas, através da Fundação Municipal de Esporte e Lazer (Fundesportes).

Torneio de pesca acontece na Praia da Graciosa neste sábado, 04. Foto: Regiane Rocha/Prefeitura de Palmas

Na abertura do evento, os inscritos receberam kits e participaram de um workshop sobre Arremesso e Pesca Esportiva, ministrado por Nelson Nakamura e Renan Nakamura, pai e filho, que já apresentaram programas de televisão voltados para conteúdos de pesca.

O campeonato tem 100 equipes concorrendo a prêmios em dinheiro no valor total de R$ 10 mil, divididos entre R$ 5 mil para o 1º lugar, R$ 3 mil para o 2º e R$ 2 mil para o 3º lugar. 

Neste sábado, a largada das equipes acontecerá por ordem de chegada, seguindo com o campeonato até às 16 horas. Às 17 horas ocorrerá o Torneio de Arremesso com premiação para até o 5º colocado, que serão premiados com produtos de pesca.

 

VoePass anuncia suspensão temporária da rota entre Araguaína e Brasília

Prefeitura segue avançando nas obras de modernização do aeroporto com a instalação dos equipamentos que permitem o pouso e decolagem de aeronaves maiores. Azul e Gol devem operar na cidade no segundo semestre deste ano

O PAPI (Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão) está em fase final de instalação e deve receber os primeiros testes nas próximas semanas. A prefeitura também prossegue com a instalação do EPTA, estação de rádio necessária para a segurança da aviação civil. Fotos: Secom Araguaína | Daiene Faro  

A empresa aérea VoePass anunciou a suspensão dos voos entre Araguaína e Brasília. Segundo as informações repassadas pela companhia à Prefeitura de Araguaína, a paralisação faz parte de uma reorganização da malha aérea e que a rota deverá ser retomada ainda em julho deste ano.

O prefeito Wagner Rodrigues lamentou a notícia, principalmente no momento de avanço das obras de modernização e nova operacionalização do aeroporto de Araguaína. “Nós continuamos firmes com a missão de tornar o nosso aeroporto o mais preparado possível para receber todos os voos possíveis e com aeronaves cada vez maiores e modernas. Estamos fazendo a nossa parte, cumprindo rigorosamente os prazos e tenho certeza de que ainda este ano muita coisa vai mudar nas rotas para nossa cidade”.

Modernização em curso

No último dia 4 de abril, o aeroporto de Araguaína recebeu a avaliação do GEIV (Grupo Especial de Inspeção em Voo), com um sobrevoo noturno de uma aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) para verificar as condições de balizamento e a intensidade de iluminação da pista.

O PAPI (Indicador de Percurso de Aproximação de Precisão) está em fase final de instalação e deve receber os primeiros testes nas próximas semanas. Paralelamente a isso, a prefeitura prossegue com a instalação do EPTA, estação de rádio necessária para a segurança da aviação civil.

“E ainda mantemos as negociações que iniciamos este ano com a Azul e a Gol para que aeronaves maiores possam pousar em Araguaína. Recebemos a indicação que as novas rotas devem operar já no segundo semestre”, lembra o secretário executivo do Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo, Hélter Dantas.

A Azul garantiu a operação em Araguaína com um jato da Embraer 195 E2 com capacidade para 140 passageiros. Já a Gol deve utilizar um Boeing 737-800 com capacidade para 186 passageiros.

Demanda contínua

Em reunião com a diretoria da ACIARA (Associação Comercial e Industrial de Araguaína), em fevereiro deste ano, o prefeito Wagner disse aos empresários que, durante as reuniões com as empresas aéreas, diretores da Azul e da Gol informaram que Araguaína e região precisam gerar uma demanda de 70% de ocupação da aeronave por voo para que as rotas se tornem viáveis.

“Na oportunidade, tivemos o compromisso da ACIARA de lutar por essa demanda, mobilizar o empresariado local a sempre que possível comprar as passagens partindo e chegando em Araguaína. Nossa cidade tem, sim, essa demanda de passageiros, mas precisamos fortalecer isso”, pontua Wagner.

Movimentação Nacional

Atualmente a VoePass possui um acordo de compartilhamento de voos com a Latam, o que permite que a Latam amplie as opções de destinos no mercado aéreo brasileiro. Neste acordo, as passagens da VoePass são vendidas nos canais da Latam, permitindo conexão entre as duas companhias a partir do mesmo bilhete.

Conforme divulgado pela imprensa, no começo deste mês, a Latam também anunciou uma operação de apoio financeiro à VoePass que está em análise no CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), órgão que regula a concorrência entre empresas no país.

Outras suspensões

Também foi noticiado na imprensa que a VoePass passa por situações organizacionais que impactaram diversas operações no interior do Brasil, gerando atrasos e até cancelamentos dos voos.

Em fevereiro deste ano, a empresa aérea encerrou as rotas no interior da Bahia, incluindo para Barreiras, cidade com 157 mil habitantes, conhecida como a Capital do Oeste Baiano e uma das maiores produtoras e exportadoras de soja do Nordeste, ao lado do município de Luís Eduardo Magalhães, que está na mesma região.

Outras cidades que ficaram sem os voos da VoePass no estado foram Vitória da Conquista, cidade polo do sudoeste baiano com mais de 340 mil habitantes, Lençóis, Teixeira de Freitas, Paulo Afonso e Guanambi.



sexta-feira, 19 de abril de 2024

A iniciativa reconhece prefeitos que desenvolveram ações de empreendedorismo nos municípios

Como forma de reconhecer e celebrar a criatividade empreendedora, o 12º Prêmio Sebrae Prefeitura Empreendedora (PSPE) premiou, na noite desta quinta-feira, 18, em Palmas, nove gestores municipais que se destacaram à frente de iniciativas inovadoras em suas cidades. 

O objetivo da premiação é destacar o papel de gestores comprometidos com o desenvolvimento socioeconômico do Executivo Municipal, a partir de iniciativas que estimulam o empreendedorismo, a competitividade dos pequenos negócios e a modernização da gestão pública local. Neste ano, o Tocantins registrou um marco significativo, com um total de 62 inscrições em todo o Estado, maior participação já vista desde sua criação em 2001. Os primeiros lugares de cada uma irão agora concorrer a premiação nacional, em Brasília. 

Na categoria Sustentabilidade e Meio Ambiente, a Prefeitura de Palmeirópolis ficou com o primeiro lugar. Na categoria Turismo e Identidade Territorial a primeira colocação foi para a Prefeitura de Lajeado. Já a Prefeitura de Araguaína levou o primeiro lugar em duas categorias: Simplificação e Fomento ao Empreendedorismo e Empreendedorismo na Escola. No quesito Governança Territorial quem venceu foi a Prefeitura de Marianópolis do Tocantins. 

Na categoria Inclusão Produtiva, a Prefeitura de Dianópolis levou o primeiro lugar. Quanto à categoria Sala do Empreendedor, a Prefeitura de Divinópolis do Tocantins venceu. No sul do Estado, a Prefeitura de Gurupi venceu o primeiro lugar na categoria Cidade Empreendedora. Na categoria Empreendedorismo Rural, a Prefeitura de Santa Rita do Tocantins conquistou a posição de primeira colocada. 

Rérison Antônio Castro, superintendente do Sebrae, ressaltou que o prêmio é um reconhecimento aos gestores que ocorre há mais de 20 anos e que, de fato, tem gerado muitos resultados para o Estado, por meio de iniciativas que impulsionam o desenvolvimento dos pequenos negócios. “O Tocantins tem uma peculiaridade, onde 98% das empresas são de pequenos negócios. Nesta direção, o Sebrae realiza o prêmio com a intenção de assegurar que as boas práticas de gestão empreendedora para os empreendedores sejam reconhecidas e multiplicadas”, destaca. 

Os principais públicos do PSPE são microempreendedores Individual (MEI), Microempresas (ME), Empresas de Pequeno Porte (EPP), Agricultores Familiares, Produtores Rural, Pessoa Física, Artesãos, e Empreendimentos Econômicos Solidários.

Etapa nacional

A etapa nacional da premiação começa a partir de 21 de abril, quando os primeiros colocados de cada categoria dos estados serão avaliados pela comissão nacional. A cerimônia final está prevista para ocorrer em 11 de junho, em Brasília (DF). Desde 2001, quando ocorreu a primeira edição, já foram inscritas no prêmio mais de onze mil iniciativas, oriundas de todos os estados brasileiros.

Mais de mil práticas foram premiadas em âmbito estadual e nacional, evidenciando a evolução das burocracias municipais no que diz respeito a agenda do empreendedorismo e do relacionamento entre a gestão municipal e os pequenos negócios. Neste ano, foram registrados mais de 2,5 mil projetos inscritos em todo país, superando a última edição. O prêmio que é realizado a cada dois anos, teve em 2021, cerca de 1,6 mil inscrições de 1.327 prefeituras de todos os estados do País. 

Assessoria de Imprensa do Sebrae Tocantins

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Comtur Palmas aprova seu regimento interno após 25 anos de discussão

O Regimento Interno do Conselho Municipal de Turismo de Palmas (Comtur) foi aprovado em reunião extraordinária na segunda-feira, 15, após 25 anos do início da sua discussão

A reunião online que aprovou o regimento foi comandada pelo presidente em exercício do Comtur Palmas, Marcelo Perim, na forma da lei, e contou com a participação de um número considerável de conselheiros.


Membros do Comtur, após a primeira reunião (mista - presencial e online) para discutir o Regimento Interno do órgão

Maria Arisleda Silva, presidente da Associação dos Profissionais de Turismo do Tocantins (Aprotur), disse que se sentiu muito honrada em participar desse momento histórico.

“Pudemos, mais uma vez, registrar os esforços de pessoas abnegadas em prol do turismo de Palmas. A aprovação do Regimento Interno do Comtur registra um momento histórico, onde a unidade em torno da causa do turismo é o nosso maior atributo. Palmas e nossa cultura merecem. Ganhamos todos nós com essa definição para nossa Capital”, afirmou.

Segundo Arisleda, a saga pela aprovação do Regimento Interno do Comtur vem desde 1999. “O conselho (de Turismo) foi construído bem antes, mas o regimento interno vem sendo trabalhado, dentro da prerrogativa de consolidar as atividades internas do Comtur Palmas, a partir de 1999. Desde então a gente luta para que se siga esse protocolo e esse regimento de forma auspiciosa. À época foi redigido (o regimento), mas até hoje não tinha sido aprovado.Hoje é dia de uma grande vitória para o turismo de Palmas. Estou emocionada, muito feliz, porque essa vitória é de todos nós, inclusive meus antecessores, guias de turismo que vieram antes de mim e daqueles que já se encontram do outro lado da vida”, disse, emocionada.

O presidente em exercício do Comtur Palmas, Marcelo Perim, afirma que a aprovação do documento é um passo muito importante para a conclusão das ações do Conselho, que se torna agora pautado por normas regimentais, com orientação não só para os conselheiros, como também para quem acompanha os trabalhos do órgão.

“Vivemos um momento em que as entidades que fazem parte do Comtur precisam tomar posse das suas cadeiras e ajudar o município a desenvolver o turismo na capital. Hoje é dia de comemoração. Apesar de tardio, é um momento de alegria para todos. Agora, seguindo os passos adotados pelo conselho em reunião extraordinária, partimos para discussão da Lei Municipal (do Turismo) e, em seguida, criar as condições para colocá-la em ação”, definiu.

Uma das etapas que precisa ser ativada urgentemente é resgatar o Plano Municipal (de Turismo), que foi elaborado  através de uma consultoria em 2020, patrocinada pelo Sebrae Tocantins e Prefeitura de Palmas.

“Já tem quatro anos de déficit. A ideia é fazer uma atualização e recuperar esses quatro anos em atividade. O plano não foi colocado em ação. Talvez uma ou outra ação factual, que talvez tenha se tornado imperceptível, mas agora, com todo mundo engajado em contribuir com as ações desse plano municipal (de turismo) temos grandes chances de desenvolver a capital como uma cidade inteligente, turística, sustentável e que pode ser tão vista e tão atraente para os turistas como o Jalapão, que é o nosso carro chefe”, acredita Perim.

Pesquisa revela percepções da população sobre os parques brasileiros

A maioria das pessoas entrevistadas conhece um parque natural, mas quase um terço nunca visitou. Desinformação, distância e custos são as principais barreiras

Apesar de a maioria de brasileiros e brasileiras conhecer algum dos 569 parques naturais no Brasil, cerca de um terço ainda não esteve em um lugar como esse. Os dados são da pesquisa “Parques do Brasil - Percepções da População”, divulgada nesta semana pelo Instituto Semeia.

Com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIo) e do Instituto Ekos Brasil, a quarta edição do estudo ouviu 1.539 brasileiros e brasileiras de dez regiões metropolitanas do país, entre julho e agosto de 2023, para entender como percebem, interagem e refletem sobre as condições dos parques naturais e urbanos.

A pesquisa também perguntou sobre o conhecimento e a vivência em parques urbanos. Apesar de todas as regiões metropolitanas alcançadas pela pesquisa possuírem parques urbanos, 20% das pessoas não mencionaram conhecer nenhum espaço como esse. Para a coordenadora de Conhecimento do Instituto Semeia, Mariana Haddad, “este cenário expressa o desafio de impulsionar a visitação nos parques brasileiros junto à opinião pública, enfrentado por gestores e especialistas dessas áreas”.

O estudo também revelou que, apesar de estar na lista, o meio ambiente está longe do primeiro lugar no ranking das principais preocupações da população brasileira. Em primeiro, aparecem os crimes e violência contra pessoas (53%), seguido de qualidade da educação e no atendimento à saúde (47%). São aspectos de menor preocupação a proteção ambiental (21%), poluição e mudanças climáticas (18%) e acesso à água limpa e ao saneamento (16%).

Quando perguntadas sobre temas ambientais de maior interesse, 81% das pessoas entrevistadas responderam “poluição das águas”; 76% “estilo de vida saudável”; e 73% “conservação da fauna e da flora”. Mesmo os temas ambientais menos mencionados tiveram 43% das respostas, indicando interesse do público com a agenda ambiental e oportunidade para mobilizá-lo. 

Conhecimento, motivações e barreiras

Parques naturais - A coordenadora geral de Uso Público e Serviços Ambientais do Instituto Chico Mendes, Carla Guaitanele, ressalta a importância dos dados apresentados pela pesquisa com relação aos parques naturais, tanto para entender motivações e barreiras à visitação quanto para oferecer insumos à construção de políticas públicas ligadas ao tema.

"Os Parques Nacionais têm apresentado um aumento real de visitas a cada ano demostrando maior interesse das pessoas em ambientes naturais apesar de ainda aquém do que vislumbramos. A pesquisa Parques do Brasil, realizada pelo Instituto Semeia, colabora com o aprimoramento das políticas públicas de visitação em nossos parques, diagnosticando frentes que devemos dar maior atenção", afirma.

De uma lista com 16 nomes de parques naturais, os mais lembrados foram Parque Nacional da Chapada Diamantina (BA) (lembrado por 53% das pessoas entrevistadas), Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO) (por 50%) e Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA) (por 48%).

Segundo Mariana, a lembrança pelos parques na lista pode estar relacionada a diferentes fatores, desde a visitação, em si, quanto a exibição de imagens na mídia. Para ela, “o baixo reconhecimento desses espaços pela sociedade é um dos entraves do turismo em parques e abre espaço para desenvolvê-lo com mais divulgação dos parques e seus benefícios”.

Referente às visitas realizadas a parques naturais no último ano, o levantamento identificou um aumento (44%) em comparação ao ano anterior (27%), possivelmente devido ao momento pós-pandemia. Ao mesmo tempo em que a pandemia diminuiu as visitações com as restrições sanitárias e a redução na renda da população, trouxe reflexões relativas à relevância destes espaços para a manutenção da saúde física e mental, assim como a qualidade de vida.

Quanto às motivações às visitas aos parques naturais, as três primeiras foram o contato direto com a natureza (36%), mostrá-la aos filhos (22%) e indicações de familiares e amigos (21%), seguidas de atrativos e atividades disponíveis nos parques, como esportes de aventura.

A quem já visitou, o custo de deslocamento (33%), distância (22%), o custo com hospedagens (20%), a falta de informações sobre os parques (13%) e as atividades disponíveis neles (12%) foram apontados como as maiores barreiras. Quem nunca visitou também indicou custos com deslocamento (42%) e com hospedagem (31%), distância (20%) e desinformação (13%) como obstáculos para conhecer os parques.

Tanto as motivações como as barreiras, na avaliação de Mariana, “apontam oportunidades para que o setor turístico, as organizações ambientais e o Poder Público atuem, de maneira conjunta e complementar, para divulgar nossos parques”.

Parques urbanos - Acerca das visitas aos parques urbanos, 82% afirmaram já terem feito, sendo 49% no período dos últimos seis meses e 21% até uma vez por mês.

“Estes espaços têm grande potencial de lazer e recreação em meio à natureza, pois estão em áreas de mais fácil acesso quando comparados aos parques naturais, e são gratuitos”, afirma Mariana. “Vale destacar, ainda, que a visitação amplia a conscientização e o reconhecimento da importância dos parques”, completa.

As motivações que levaram as pessoas aos parques urbanos foram sair de casa e passear (motivos listados por 48%); descansar e relaxar (para 39% (e contemplar a natureza (para 29%). Atividades sociais e funcionais também atraem visitantes: levar as crianças para brincar (27%), caminhar ou correr (21%), encontrar amigos (18%) e fazer piquenique (16%). Atividades que podem ser praticadas em outros lugares também foram citadas: atividades físicas (10%); passear com pet e namorar (ambos com 8% cada).

Com relação às barreiras para visitação aos parques urbanos, 30% responderam distância, 21% preferência por ficar em casa, 14% preferência por outro tipo de passeio e 13% custos. Houve, ainda, impeditivos mencionados a respeito da zeladoria: banheiros e instalações ruins, má iluminação, falta de equipamentos de lazer e segurança.

Mariana também avalia a possibilidade de se ampliar a prática de atividades físicas, culturais e sociais nos parques urbanos e a percepção de valor do local, ao demonstrar o quanto agrega em qualidade. “Para tanto, temos de pensar estratégias para promovê-los. Muitos municípios brasileiros têm diversos deles como referências urbanas e de turismo com potencial para serem mais bem aproveitados”, ressalta.

Vivências e sentimentos

As sensações referentes à última experiência em parques, tanto naturais quanto urbanos, foram, na maioria, de liberdade, paz e natureza. Para avaliar esses sentimentos, a pesquisa considerou a média das respostas – e, nesse quesito, vale ressaltar que as experiências podem variar consideravelmente de um local para outro.

Quanto aos parques naturais, as avaliações dos 12 aspectos sobre zeladoria, serviços aos usuários e educação ambiental variaram entre 63% e 73% nas atribuições de ótimo e bom. Além disso, 66% atribuíram notas 9 ou 10 e recomendariam a experiência a familiares e amigos.

Sobre parques urbanos, 40% dos visitantes o fizeram no último mês, sendo 56% com visitas que duraram entre 1 e 3 horas. Os sentimentos foram de natureza, paz e liberdade. Zeladoria, serviços aos usuários e educação ambiental foram avaliados como bom e ótimo pela maioria, com notas 9 e 10, e 68% das pessoas entrevistadas recomendariam a visitação.

Políticas públicas

Uma parte das pessoas entrevistadas, 40%, concordam que o governo não dispõe de dinheiro suficiente para oferecer adequadamente os serviços que a população precisa, enquanto 75% acham o governo ineficiente na gestão dos seus recursos e 71% concordam que as parcerias do governo com instituições privadas melhoram o atendimento à população.

Quando se trata dos parques brasileiros, 79% das pessoas entrevistadas concordam que o turismo traz benefícios econômicos e sociais para os parques e seus entornos. Além disso, para 52% o governo tem questões mais prioritárias do que parques para direcionar o dinheiro público. Complementarmente, 58% concordam que o setor público é o mais indicado e eficaz para gerir a conservação da natureza e a educação ambiental nos parques, enquanto 60% concordam que o setor privado é o mais indicado e eficaz para gerir serviços e atrações turísticas nesses espaços.

A pesquisa também avaliou a favorabilidade da população ao modelo de concessões/parcerias quando aplicado especificamente a parques, tanto naturais quanto urbanos. No caso dos naturais, 49% das pessoas se mostraram a favor, 22% são contra, 18% são indiferentes à adoção ou não desse modelo e 11% não opinaram. Para os parques urbanos, observou-se uma proporção maior de favorabilidade à adoção de concessões/parcerias: com 54% de pessoas se declarando a favor, 15% contra, 21% indiferentes e 10% que não se manifestaram. Para além desses dados, metade dos participantes da pesquisa têm expectativa de que a gestão dos parques, tanto naturais quanto urbanos, iria melhorar ao passar por um processo de concessão/parceria.

Para a coordenadora de Conhecimento do Semeia, este cenário de certa favorabilidade e expectativas positivas com os modelos de gestão de parcerias entre os setores público e privado lança luz sobre a importância de engajar os diferentes stakeholders ao longo do processo de desenvolvimento desses projetos. Em outras palavras, é primordial garantir a participação e a escuta dos atores interessados nos parques e seus entornos.

“Esperamos que, com esta captação da percepção da sociedade sobre os parques do Brasil, os diversos agentes envolvidos com a pauta a considerem no planejamento, na implementação e no monitoramento das políticas públicas associadas ao cumprimento da missão dos parques: conservar a biodiversidade brasileira, além de incentivar o contato das pessoas com a natureza, por meio do turismo e da recreação”, conclui Mariana Haddad.

A pesquisa completa pode ser baixada em www.semeia.org.br.

Sobre o Instituto Semeia: é uma organização filantrópica, sem fins lucrativos, que trabalha para potencializar o desenvolvimento socioeconômico sustentável de parques e unidades de conservação brasileiras. Desde sua fundação, em 2011, o Semeia apoia governos na concepção e implementação de projetos de parcerias em parques, e promove diálogos entre governos, sociedade, iniciativa privada e entidades do terceiro setor para a viabilização dessas parcerias.