Coluna Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio
Moreira
Uma antiga reivindicação da população,
comerciantes e trabalhadores para que os ônibus circulem na madrugada na
capital mineira, agora é realidade.
A
partir da meia noite de sábado, dia 13 de dezembro, começam a circular o
ônibus, o “madrugaão”, batizado pela Prefeitura de Belo Horizonte.
Ao
todo, 127 linhas vão atender a população entre 0h e 3h59, além da criação da
Linha 10 (Circular Noturno), que fará conexão direta com importantes áreas de
vida noturna da cidade e com o Move, com o percurso da linha por
alguns dos principais polos da vida noturna de Belo Horizonte, incluindo
Estação Central (com acesso à Rua Sapucaí), Floresta, Praça da Liberdade,
Savassi, Lourdes (Rua Marília de Dirceu), Praça Raul Soares e Mercado Novo,
além da área hospitalar e das estações de transferência Carijós e Rio de
Janeiro.
As
mudanças foram definidas a partir de uma pesquisa origem-destino realizada
entre julho e agosto com trabalhadores e empresários dos setores de comércio e
serviços. O estudo mapeou hábitos de deslocamento, horários de pico e padrões
de viagem durante a madrugada, subsidiando a reestruturação da rede.
Entre
as melhorias trazidas pela rede Madrugão está o aumento na frequência e redução
do tempo de espera; expansão da cobertura em áreas de maior movimento; melhoria
das conexões entre rotas; e novos atendimentos aos bairros.
O
transporte noturno abrange viagens iniciadas entre 0h e 3h59, mas a análise
também considerou deslocamentos que começam a partir das 22h, garantindo maior
integração com o fim da operação diurna, que hoje conta com 300 linhas.
Atualmente,
após meia-noite, a rede se reduz para 123 linhas. Com o Madrugão, a operação
passa a contar com 128 linhas, reorganizadas para atender melhor quem trabalha,
estuda ou frequenta a cidade durante a madrugada.
O
destaque da nova rede é a Linha 10 (Circular Noturno), criada para facilitar a
circulação na região central e conectar áreas de maior demanda com as estações
do Move. A tarifa será de R$ 5,75 e, com o Cartão BHBUS, o usuário pode utilizar
qualquer outra linha do sistema municipal, dentro de 90 minutos, sem pagar uma
segunda tarifa, garantindo mais economia e facilidade no deslocamento.
A
Linha 10 irá operar das 23h20 às 4h, com partidas a cada 25 minutos. Os
veículos serão do sistema Move, do tipo BRT Misto. O percurso da linha passará
por alguns dos principais polos da vida noturna de Belo Horizonte, incluindo
Estação Central (com acesso à Rua Sapucaí), Floresta, Praça da Liberdade,
Savassi, Lourdes (Rua Marília de Dirceu), Praça Raul Soares e Mercado Novo,
além da área hospitalar e das estações de transferência Carijós e Rio de
Janeiro.
Além
da criação da Linha 10, o Madrugão inclui 37 viagens adicionais aos domingos,
33 aos sábados e 32 nos dias úteis em 20 linhas noturnas, além de alteração de
itinerários em 20 linhas, adequando os trajetos à demanda identificada pela
pesquisa.
Pesquisa sobre a demanda noturna e
ferramentas para o usuário - A pesquisa realizada com
trabalhadores e estabelecimentos que atuam no período noturno mostrou que 35%
dos funcionários deixam o trabalho entre 20h e 5h, com pico entre 22h e 23h.
Entre os trabalhadores ouvidos, 75% trabalham em Belo Horizonte e 60% residem
na capital, com destaque para a Regional Oeste.
Já a
maior concentração de postos de trabalho está na Regional Centro-Sul. O
levantamento também avaliou 246 estabelecimentos, dos quais 148 encerram as
atividades entre 20h e 5h (60%). A maior parte deles está localizada na
Regional Centro-Sul.
A
concentração de bares e restaurantes em pontos como a Savassi e Bairro de
Lourdes evidencia a necessidade de uma rede mais conectada. A Linha 10 surge
justamente para solucionar a dificuldade desses trabalhadores e clientes,
reduzindo transbordos e tempo de espera.
Para
facilitar o acesso às informações, uma página exclusiva sobre o transporte
noturno na página da Sumob terá os horários de funcionamento das estações, mapa
da rede e itinerários, mapa interativo e destaques de pontos de atratividade,
como bares e restaurantes.
CCBB – BH
O Salão das Artes, uma mostra vibrante da produção
artística e artesanal mineira, irá ocupar as galerias do térreo e o pátio do
CCBB-BH, na praça da Liberdade, entre os dias 11 e 14 e de 18 e 21 de dezembro,
sempre das 11h às 20h. A iniciativa se integra à Vila Mineiridade, uma das
novidades do Natal da Mineiridade deste ano.
A mostra irá conectar o público a uma diversidade de
produtos feitos de forma artesanal, valorizando a essência cultural de Minas
Gerais. A feira irá receber expositores de diferentes segmentos, apresentando
itens de moda, artes visuais, cerâmicas, decoração, acessórios, mobiliário
vintage, marcenaria, esculturas, roupas de casa, brechós, além de cafés, pães e
outras delícias culinárias.
Mostra
coletiva apresenta releituras e memórias de um símbolo que atravessa séculos
(Pintura: Regina Moraes)
Para a secretária de Estado de Cultura e Turismo de
Minas Gerais, Bárbara Botega, a iniciativa valoriza os artesãos e fortalece a
economia criativa do estado: “O Salão das Artes reafirma a força e a identidade
da produção mineira, aproximando artesãos, artistas e pequenos empreendedores
do grande público. Integrar esse movimento ao Natal da Mineiridade potencializa
nossa economia criativa, gera renda, amplia oportunidades e celebra o que Minas
Gerais tem de mais essencial: o talento e a diversidade cultural do nosso
povo.”
O Salão das Artes é um espaço de conexão real entre o público e
artesãos, artistas e pequenos produtores mineiros. “O projeto nasceu com a
intenção de ocupar lugares emblemáticos da cidade e aproximar as pessoas dos
processos criativos. A primeira edição foi realizada em agosto no Parque do
Palácio, antiga residência dos governadores de Minas Gerais. Agora, o Salão das
Artes chega ao Circuito Liberdade e ocupa o CCBB BH por dois fins de semana,
integrando a Vila Mineiridade", explica o produtor Aluiser Malab.
Com curadoria de Mary Arantes, referência nacional
no segmento, o evento reúne cerca de 120 participantes de diferentes regiões do
estado.
Nascida no Vale do Jequitinhonha, Mary destaca o valor simbólico e
cultural presente na seleção dos expositores: “O que antes era visto como
simples artesanato ganhou acabamento, identidade e ressignificação. É uma arte
que soma, que ocupa novos espaços e rompe barreiras impostas às chamadas ‘artes
menores’. Além disso, toda a produção apresentada valoriza matérias-primas
naturais e processos artesanais, feitos etapa por etapa, da madeira ao objeto
final, da fibra à bolsa, pura economia sustentável e circular”, afirma.
Com a proposta de fortalecer a economia criativa, o Salão das Artes funciona como
uma vitrine para os pequenos produtores. A curadoria privilegia trabalhos
autorais e convida o público a praticar o consumo consciente, valorizando o
impacto positivo das compras diretas.
O Salão das Artes conta com o patrocínio da Copasa, Instituto BAT Brasil,
Codemge e Itambé, através da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura, e com o apoio
do CCBB BH, da Prefeitura de Belo Horizonte, CDL/BH, Palácio da Liberdade,
Circuito Liberdade, Fundação Clóvis Salgado e Natal da Mineiridade.
A produção
é da Malab Produções, com coprodução da DM Corporate e a realização é do
Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, em parceria com o Governo
de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo e da
Fundação Clóvis Salgado.
Circuito da Liberdade
O Salão das Artes compõe a programação oficial da
Vila Mineiridade, novo espaço instalado na Praça José Mendes Júnior, entre a
Rua da Bahia e a Praça da Liberdade.
O local reúne mais de 30 expositores, com destaque
para o artesanato e a culinária mineira, além de uma ambientação especial que
celebra o Natal inspirado nas tradições do estado.
A curadoria gastronômica é assinada por Marcelo
Annaká, que preparou uma seleção de pratos típicos para acompanhar o passeio do
público pelas luzes e atrações da Vila.
Circuito Liberdade - O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade,
complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo
(Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de
manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando
em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam
desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na
economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da
democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.
Gesto,
Arte e Vida no Centro de Arte Popular
O Centro de Arte Popular inaugura dia 11 de
dezembro, a exposição “Presépios: Gesto, Arte e Vida”, uma coletiva que reúne
diferentes olhares e linguagens em torno da força simbólica, estética e afetiva
dos presépios. A mostra convida o público a revisitar um dos ícones mais
presentes no imaginário coletivo, revelando sua potência como espaço de
criação, contemplação e diálogo entre passado e presente.
Com cerca de 120 expositores, evento celebra o
artesanato e a diversidade cultural de Minas Gerais, integrando a programação
do Natal da Mineiridade (Foto: Estúdio Arado)
Com curadoria de Marcos Esteves e Michel Salazar, a exposição
apresenta presépios que transitam entre o doméstico, o popular e o
contemporâneo. Obras em cerâmica, madeira, tecidos e outras materialidades
ampliam a compreensão da Natividade para além da representação religiosa.
Textos curatoriais abordam referências históricas e antropológicas, apontando o
presépio como gesto – aquele que atravessa o tempo, guarda memórias e se
reinventa em novas mãos, territórios e afetos.
Partindo da experiência de São Francisco de Assis,
que há oito séculos deu forma ao presépio como vivência comunitária,
“Presépios: Gesto, Arte e Vida” propõe ao visitante um percurso sensível, um
mapa do afeto. Cada obra tensiona a memória e o cotidiano, convidando o olhar a
reconhecer no gesto da criação algo que pertence a todos nós.
Participam da exposição os artistas Ângela Costa,
Angélica Santana, Elisa Pena, Heloisa Prado, Letícia Pinto, Lili Zaramela,
Lorena Mascarenhas, Marcelo Silva, Márcio Silva, Michel Salazar, Regina Moraes,
Robson Emerick e Zanne Neiva, com participação especial de Lenice Pitanguy.
Centro de Arte Popular - Integrante do Circuito
Liberdade, o Centro de Arte Popular abriga um acervo diversificado, com peças
em madeira, cerâmica, tecelagem e outras linguagens, distribuídas em dezesseis
coleções. Com programação educativa permanente, o CAP é referência na
preservação e difusão da arte popular mineira, promovendo encontros entre
memória, tradição e criação contemporânea.
Exposição
“Presépios: Gesto, Arte e Vida”
Abertura: 11/12, às 19h
Período de visitação: 11/12 a 22/01/26; de 3ª a
6ª, das 12h às 18h30; sáb., dom., e feriados, das 11h às 17h
Local: Centro de Arte Popular (Rua Gonçalves Dias, 1.608, Lourdes)
Automóvel Clube comemora 100 anos
O
edifício do Automóvel Clube de Minas Gerais encontra-se implantado na esquina
das avenidas Afonso Pena e Álvares Cabral. Projetado por Luis Signorelli, sua
construção foi iniciada em 1927, sendo inaugurado em 17 de dezembro de 1929.
Possui partido arquitetônico quadrangular, com quatro pavimentos em estilo
eclético.
Automóvel
Clube de Minas Gerais realizará no dia 17 de dezembro, data oficial de sua
criação, um café da manhã especial para celebrar duas importantes conquistas
institucionais: o lançamento da medalha comemorativa do centenário do clube e a
oficialização da sua integração ao Circuito Cultural da Liberdade. O evento
terá a presença do presidente da Fundação Clóvis Salgado, Sérgio Rodrigo Reis,
responsável pelo espaço do Circuito, que participará da assinatura do termo de
integração.
Sérgio Rodrigo
O
encontro acontecerá na sede histórica do clube, reunindo a diretoria, sócios,
autoridades e convidados para celebrar esses marcos que simbolizam o
reconhecimento cultural e social do Automóvel Clube e ampliam sua participação
na valorização do patrimônio mineiro. Durante o evento será assinado um termo
de cooperação para promoção de ações sociais em parceria entre o automóvel e a
OAB/MG.
“Juntar
o lançamento da medalha comemorativa do centenário com a assinatura de
integração ao Circuito da Praça da Liberdade reforça nossa missão de preservar
e fortalecer nossa história, abrindo ainda mais espaço para que o Automóvel
Clube seja parte viva da cultura e do turismo de Belo Horizonte e de Minas
Gerais”, destaca Ragheb Hamade Filho, presidente do Automóvel Clube de MG.
Ragheb Hamade Filho
O
evento também marca a continuidade do clube como protagonista da vida social e
cultural da capital mineira, em um momento de celebração e novas parcerias.
Coluna Minas Turismo Gerais Jornalista Sérgio
Moreira @sergiomoreira63
informações para sergio51moreira@bol.com.br