quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Sem comunicação eficaz e sem adesão do cidadão, coleta seletiva segue em marcha lenta em Palmas

Texto e fotos Luiz Henrique Machado

Palmense parece desconhecer a existência do Projeto de Coleta Seletiva na Capital, gerando lentidão no avanço da proposta


Contêineres para coleta seletiva instalados junto ao Ministério Público do Tocantins, em Palmas


Ecoponto instalado pela Prefeitura na Quadra 202 Sul, um dos poucos identificados pelo Projeto Renova Palmas

A atuação no mercado de reciclados e de logística reversa em Palmas não é tarefa fácil, seja para a Prefeitura, voluntários e até mesmo para quem dá os primeiros passos nesta categoria de negócio. Aliás, mesmo sendo dona de um belo projeto urbanístico, a proposta de coleta seletiva mal saiu do papel na Capital mais jovem do país, e o trabalho "formiguinha" dos catadores tem peso de ouro quando se trata de mensurar e engrandecer a iniciativa que gera empregos, renda e contribui com o meio ambiente.


Não é Rapper, nem MC. É o ex-pedreiro Eliel Pimenta e seu cão, Sempre À Toa, celebrando a coleta de latinha, o ouro que o ajuda na conquista do salário todo mês, em Palmas

Nos coletores ao longo das avenidas e na parte interna das Quadras Residenciais, e também nos chamados Ecopontos estabelecidos pela Prefeitura, é comum encontrar todo tipo de lixo espalhado pelo chão, além de haver papelão, garrafa pet, latinha de alumínio e até mesmo eletroeletrônicos misturados dentro dos contêineres.


Mesmo com indicação para os tipos de resíduos nos contêineres, os cidadãos jogam papelão no chão em Ecoponto na antiga Quadra 21, em Palmas


Com a mistura de resíduos nos contêineres instalados pela Prefeitura, catadores aproveitam para garimpar recicláveis

“Existe esta prática e é considerada normal, já que as pessoas têm dificuldades em aderir ao programa caso mude muito a sua rotina”, afirma Frazão Araújo, presidente da Global 7.

A empresa atua há quatro anos coletando materiais recicláveis e diz ter aproximadamente duas mil pessoas fazendo parte de seu modelo de coleta seletiva. A Global implanta contêineres nos residenciais interessados e os condôminos descartam neles os materiais conforme indicação para alumínio, plástico, papelão e eletroeletrônicos.


São poucos os palmenses que realizam a coleta seletiva, emperrando o avanço na Capital nesta importante área

Contudo, na prática, a reportagem verificou que os moradores não realizam a separação na hora do descarte no contêiner, fazendo do espaço um ambiente igual àquele fixado pela Prefeitura. “Mesmo que as pessoas descartem os recicláveis de forma misturada, não há problemas, pois qualquer material coletado passa pelo processo de triagem nas cooperativas ou associações de catadores”, justificou Frazão, completando que “fazemos um trabalho de orientação permanente para conscientizar e mitigar quaisquer tipos de problemas identificados no projeto”.

As coletas nos condomínios ocorrem duas vezes por semana, e as cargas são destinadas às cooperativas e associações de catadores, os principais parceiros da empresa, que ainda recolhe nos órgãos públicos em Palmas. 

“A consciência ambiental de fazer o descarte de maneira correta já é patente entre a sociedade, mas o compromisso de tornar isso uma prática, não”, reconhece Frazão Araújo.

Entre os moradores contemplados com a iniciativa da Global 7 está a gestora de tráfego Maria Caroline da Cruz, que aprovou o projeto. "Achei a ideia bem interessante da parte do condomínio. É bem prático e não custa nada juntar numa sacolinha o material. Eu separo a caixinha de leite, garrafas pets. Não há problema algum", relatou a Carol.

A moradora, porém, revelou desconhecer a existência dos Ecopontos instalados pela Prefeitura. “E até acho que deveria ter um Ecoponto aqui na Quadra [706 Sul], por ter bastante prédios residenciais. Isso ajudaria muito no processo de descarte correto", sugeriu.

Para chegar ao Ecoponto mais próximo, Caroline precisaria se deslocar até outra Quadra, a 704 Sul, e o local onde estão os contêineres não diz que ali é um ponto do Projeto Renova Palmas.

O arte-finalista Marcelo da Silva, que reside na Região Norte de Palmas, também reclama da falta de comunicação e da inexistência de informação sobre a localização dos Ecopontos. Ele conta que precisou ficar com os resíduos dentro de casa, por não obter orientação sobre o descarte correto.

“Os pontos de coleta precisam estar cadastrados como pins no Google Maps e na conta oficial da Prefeitura, assim como nos endereços eletrônicos dos parceiros. Entrei em contato com a Prefeitura e ninguém soube me direcionar a um departamento interno que resolveria a questão. Cheguei a receber um número de telefone, mas, ao ligar, me disseram que o Paço Municipal não estava recebendo descartes eletrônicos, isso no início de dezembro de 2023”, conta Marcelo.

Em outro processo, mas como consolidador de resíduos, Cássius Ferreira atua na chamada logística reversa. Por meio do Instituto Natura Vida (INA), onde é presidente, o engenheiro ambiental recolhe eletroeletrônicos descartados, conforme orienta a Política Nacional de Resíduos Sólidos, na Lei nº 12.305/2010, que complementa a Lei nº 11.445/07, que estabelece a Política Nacional de Saneamento Básico, com detalhes para o gerenciamento dos resíduos sólidos.

Na prática, a legislação quer frear o retorno de metais pesados usados na fabricação dos eletroeletrônicos, que são altamente contaminantes do ar, de fontes de água no subsolo e do próprio solo. O chumbo e o bário, por exemplo, estão nos monitores de TVs, assim como o mercúrio e o cádmio, nas placas de circuito impresso, e os outros, como os compostos de hidrocarbonetos, usados na fabricação de fios de cobre que integram os computadores.

Os fabricantes dos eletroeletrônicos não têm as centrais de recebimentos em Palmas, para recolher os aparelhos descartados. É aí que entra o INA, executando tal ação por meio de parcerias que envolvem, inclusive, a Associação Brasileira de Recicladores. Como não podem ser levados para o aterro sanitário e nem para os lixões, os equipamentos fora de uso devem ser recolhidos e tratados por empresa especializada.

Cássius e os engenheiros ambientais Carol e Cleber, seus parceiros, lideram as equipes, as ações de coleta, de separação e de armazenagem dos materiais antes do envio para São Paulo - SP. O projeto segue evoluindo, tanto que o trio já anunciou investimentos de R$1,2 milhão para alçar o Instituto a uma nova etapa.

“Vamos iniciar uma planta industrial de gerenciamento de resíduos perigosos, onde o eletroeletrônico está inserido”, revelou Cássius. “Acredito que ainda neste ano, a gente começa a construção”, completou. Com a nova planta, o INA pretende abrir cerca de 20 estações de trabalho, aproximadamente 12 vagas a mais em comparação com o quadro atual.

“Em termos de produção”, conforme Cássius, “a meta é multiplicar por até dez vezes, nos próximos dois anos, o volume de produtos preparados para a logística reversa”. “A gente vai deixar de ser armazenagem para agregar valor ao produto, gerar mais empregos e renda com a descaracterização dos resíduos, separação e a classificação, enviando para os grandes centros, ou exportando numa escala industrial mais profissional”, relata.

Nos últimos três anos, segundo o INA, cerca de 13 toneladas de produtos foram transportadas para a capital paulista. As cargas levaram máquinas de lavar roupas, forno microondas, impressoras e uma diversidade de computadores e acessórios, como os cabos de energia, baterias, fontes, mouses, tonners de impressoras, caixas de som, e outros materiais.

Entre os desafios do Instituto está a formação de público, tendo que promover palestras e oficinas nas escolas públicas como forma de orientar e conscientizar os cidadãos. “Cabe ao poder público a consolidação da educação ambiental e da fiscalização ambiental. Hoje, a gente enxerga isso como a parte fraca [do projeto], nos três níveis, ou seja, municipal, estadual e federal”, relata Cássius.

Um exemplo de contribuição segura para o processo de coleta seletiva, logística reversa e meio ambiente vem do Ministério Público do Tocantins (MPTO). Entre as iniciativas do órgão público estão a criação de um Ecoponto para o descarte de recicláveis em geral e também de equipamentos eletroeletrônicos. Até mesmo uma iniciativa envolvendo os servidores da casa foi estabelecida, para que os resíduos sólidos sejam recolhidos periodicamente, por meio do Projeto Recicla MP, que promove a cultura da responsabilidade ambiental.

“Quando se faz esse tipo de ação, você evita que o aterro sanitário seja transformado em lixão. Se todas as entidades públicas atendessem a esse tipo de atuação, com certeza a gente demandaria menos recursos públicos para fazer essa gestão, e a gente transformaria aquilo que, equivocadamente é chamado de lixo, em ativo econômico”, pontuou Francisco Brandes Júnior, promotor de Justiça da Promotoria Regional Ambiental do Araguaia e coordenador do Centro de Apoio Operacional de Urbanismo, Habitação e Meio Ambiente (Caoma).

No começo de dezembro de 2023, durante um descarte, o Ministério Público do Tocantins repassou a um parceiro da logística reversa dezenas de metros de cabos de energia elétrica, baterias de nobreak, fontes diversas, mouses, tonners de impressoras, caixas de som, e outros materiais.

O promotor reforça a necessidade da existência de programa de educação ambiental, com foco na coleta seletiva. "Essa preocupação está tão evidente na nossa legislação que, essa questão da educação ambiental, tem que ser tema essencial em qualquer plano municipal e estadual de resíduos sólidos. A grande questão é implantar o que os planos preveem. Você pode fazer a coleta seletiva na segunda-feira, e, se você não fizer educação ambiental, a pessoa poderá colocar na terça-feira, em um ponto inadequado, com animais domésticos revirando todo o lixo”, explica o Dr. Brandes.

"Não há dúvidas de que faltam pessoas capacitadas para trazer para dentro da sociedade esse tema tão sensível e atual. Nós temos trabalhado juntos com alguns municípios para que haja a implementação de fato dessa política pública”, afirmou.

Pouco a pouco

Mas em meio a tantos protocolos e leis, a dona de casa Verônica Gonçalves, de 44 anos, não vê problema na forma como as coisas vão acontecendo. Faz dez anos ela é catadora, ou melhor, como ela prefere se intitular, recicladora, e sai uma vez por dia por algumas quadras coletando o material que depois é vendido e o dinheiro acrescentado à renda da família.

"Eu pego latinhas, brinquedos e, se acho uma bolacha, levo também. Dou para minha filha tratar das galinhas que ela cria na chácara", conta a recicladora. "Às vezes, quando o produto não está vencido, eu uso ou faço doação para uma vizinha", revela Verônica.  E não é só. A dona de casa reaproveita as roupas que encontra nos contêineres por onde passa.

"Eu pego as roupas e organizo um bazar. Dá pra fazer um dinheirinho no final do mês. Não é "muitão", mas ajuda. Dá pra fazer uns R$650,00 por mês”, explica a recicladora, que realiza a coleta apenas algumas horas nos finais de tarde. “Se fosse pra eu ficar o dia todo, daria pra fazer um salário no mês”, frisa Verônica, ao lado de sua grande conquista: a bicicleta elétrica, que a transporta por todo lado.


Com sua bicicleta elétrica, Verônica busca latinhas e roupas em bom estado. Consciente de seu trabalho, ela até ajuda as vizinhas

"Juntei latinha durante um ano e comprei. Paguei R$5.800,00, à vista. E não troca ela por nada", afirma. "É um trabalho importante, porque a gente recicla e eu levo as coisas para minhas vizinhas. Hoje mesmo, minha colega foi lá em casa e dei alguns pacotes de bolachas para ela”, relata.

O trabalho no estilo formiguinha de Verônica se soma à luta das quatro Cooperativas e Associações de Catadores que fazem a reciclagem em Palmas. É para esses locais que vão os materiais dos 39 Ecopontos instalados pela Prefeitura de Palmas. Na Quadra 1112 Sul, José Santana passa o dia entre fardos de papéis e de embalagens prensados e prontos para o transporte, além de centenas de quilos de outros resíduos sólidos no caminho da seleção.

A entidade tem doze membros, que são os próprios trabalhadores no processo de coleta e separação dos materiais. Tudo que é arrecadado com as vendas serve para a administração da entidade também para pagar a mão de obra na difícil missão de fazer reciclagem em Palmas.

Por mês, segundo José Santana, que é presidente da Cooperativa de Reciclagem e Produção (COOPERAN), o volume coletado e vendido tem variação entre 28 toneladas de papelão, 10 toneladas de papel e 10 toneladas de plástico. "Esse trabalho tem uma grande importância, pois limpa as ruas da cidade", explica o reciclador no alto de seus 74 anos de idade, sendo 10 deles dedicados à atividade. 


Aos 74 anos de idade, José Santana se dedica à Cooperativa há 10 anos, fazendo reciclagem e buscando o sustento para a família

Santana conta que o dinheiro não é muito no final do mês, mas dá pra resolver o que precisa. "O preço do material está muito baixo. O papelão, por exemplo, é vendido a R$0,25, e o papel branco a R$0,35. O melhorzinho é o plástico, que está a R$2,20 o quilo", queixa-se o presidente.

“Muitas pessoas trazem os resíduos, mas boa parte a gente vai buscar com o caminhão”, conta José Santana. Igualmente aos demais catadores, os membros da Cooperativa vão aos órgãos públicos e também aos Ecopontos, onde os reciclados estão à espera da coleta. “Toda nossa produção mensal vai para São Paulo - SP, e Anápolis - GO, em cargas de umas 27 toneladas”, informa Santana.

Um ilustre desconhecido

A distância que os cidadãos comuns precisam percorrer com os resíduos da coleta seletiva, até chegar aos Ecopontos, parece um carma e pode ser visto como um revés na proposta da Prefeitura. Além disso, não se vê educação ambiental e comunicação eficientes com o grande público, que praticamente desconhece a existência dos 39 locais do Programa de Apoio à Gestão de Resíduos Sólidos, o Renova Palmas.


Tem luz no fim do túnel, sim. Em Palmas, a coleta seletiva precisa ser melhor divulgada pela Prefeitura e ganhar a consciência da população

A diretora de Meio Ambiente da Prefeitura da Capital, Paula Raquel Barreto, explicou que o projeto da coleta seletiva surgiu ainda na gestão passada, mas foi paralisado durante a Pandemia da Covid-19. A ideia foi retomada recentemente, porém, ao que parece, sem foco na divulgação.


Paula Raquel, diretora de Meio Ambiente de Palmas

“Precisa avançar no sentido de sensibilizar a população e [ter mais] comunicação. Hoje, a gente quer trabalhar para identificar os Ecopontos. Muitos estão sem identificação, as pessoas passam e não veem que aquilo é um Ecoponto. É importante essa identificação”, reconheceu a diretora.

Paula afirmou também que “há pouca adesão e as pessoas misturam, não jogam lixo nos contêineres de coleta seletiva. Não querem levar o reciclado até o ponto mais próximo, daí jogam no lixo comum. A gente tem muito esse problema”. 

A diretora também destacou que a solução dessa questão, tem estimativa de médio para longo prazo. “Não depende da Fundação. Depende da população. É um trabalho contínuo de longo prazo para a população saber fazer [a coleta seletiva]”, afirmou.

Por lei, cabe à Prefeitura criar os projetos de coleta seletiva, bem como fomentar o recolhimento de plástico, papel, papelão e metais.

Já a chamada logística reversa é uma obrigação dos fabricantes, distribuidores, comerciantes e exportadores de vidro, pneus, óleos lubrificantes, pilhas e baterias, lâmpadas, embalagens de agrotóxicos e de medicamentos.

Veja neste link onde encontrar um Ecoponto próximo de sua residência.

Durante anos, um famoso lixão na região norte de Palmas era o local de descarte de todos os tipos de resíduos, até que, em 29 de novembro de 2001, a capital ganhou o Aterro Sanitário. O projeto tem a assinatura do engenheiro civil João Marques, da Prefeitura de Palmas, como autor, e que, mais tarde, fez pós-graduação em Saneamento Ambiental (Lixólogo). O ambiente se transformou em modelo para outras cidades do país, e já recebeu mais de duas mil visitas. “É um centro de estudos”, define João Marques.

O Aterro fica na região sul de Palmas e atende todas as especificações técnicas, entre elas a instalação de célula geomembrana, um forro resistente que impermeabiliza e impede que o chorume vase e contamine o solo. O líquido é gerado pela decomposição dos resíduos e precisa passar por algumas etapas nas lagoas de decantação até ter qualidade e ser usado para fins domésticos.

O próprio João Marques criava peixes numa das lagoas, onde a água era advinda do chorume tratado. “A criação de peixe era um bioindicador da qualidade do trabalho que fazíamos”, conta o lixólogo.

Para o Aterro de Palmas, só não vão os pneus e o lixo hospital. Cada um tem uma política própria de descarte. Em 2023, segundo João Marques, 1.320 toneladas de pneus foram recolhidas por meio da logística reversa na Capital. O lixo hospitalar é incinerado.

“O resíduo doméstico, aquele lixo comum, é depositado no Aterro Sanitário numa média de 340 toneladas por dia”, informa João Marques. São 30 caminhões cheios entrando diariamente com os descartes domésticos e comerciais, como restos de alimentos, madeiras, dejetos humanos, e outros.

“O ganho com o Aterro Sanitário não é só ambiental, é saúde pública e também saúde para a fauna e para a flora”, finaliza Marques.

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Volta às aulas nas Escolas SESI do Tocantins

A retomada das aulas nesta segunda-feira, 29/01, nas escolas SESI em Gurupi e Araguaína foi marcado por uma atmosfera de conhecimento e diversão.

Escola SESI Araguaína. Divulgação

Sessão de cinema em Gurupi. Divulgação

Nas Escolas SESI, o processo pedagógico é centrado nos cinco elementos do DNA STEAM: investigar, descobrir, conectar, criar e refletir. Essa abordagem inovadora permeia todas as atividades educacionais, proporcionando aos alunos uma experiência de aprendizado holística e envolvente.

As salas de aula são espaços organizados por áreas de conhecimento, abrangendo desde as Ciências da Natureza e suas tecnologias até as Linguagens e suas tecnologias. Além disso, as escolas contam com salas temáticas, laboratórios maker e de robótica, onde os estudantes podem explorar e colocar em prática todo o conhecimento adquirido.

Escola SESI de Referência – Araguaína

Na Escola SESI de Araguaína, o primeiro dia letivo foi marcado por uma série de atividades que visavam promover a integração e a convivência entre os alunos. Desde um evento de recepção calorosa até dinâmicas em grupo e brincadeiras, os estudantes puderam se conectar e iniciar o ano letivo com entusiasmo e alegria.

Escola SESI Gurupi

Em Gurupi, o primeiro dia de aula foi igualmente inspirador, com uma palestra sobre a montanha-russa da adolescência. Os alunos tiveram a oportunidade de refletir sobre suas jornadas pessoais enquanto se preparavam para enfrentar os desafios e as oportunidades que surgiriam ao longo do ano letivo. Além disso, uma sessão de cinema proporcionou momentos de descontração e diversão, e ao final a entrega dos certificados para os alunos destacados na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica reconheceu e celebrou as conquistas acadêmicas.

Assessoria de Imprensa SESI Tocantins

SENAI Tocantins inicia ano letivo em seis unidades do Tocantins

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) do Tocantins deu início ao ano letivo de 2024 para mais de 1,4 mil alunos em suas unidades de Araguaína, Gurupi, Palmas, Taquaralto, Paraíso e Xambioá nos dias 29 e 30/01. Nas unidades de Gurupi e Paraíso do Tocantins ainda há quase 100 bolsas de estudo

Aula inaugural CETEC Palmas. Divulgação

Na unidade de Palmas, os cursos de Técnico em Desenvolvimento de Sistemas, Informática, Administração, Manutenção Automotiva, Segurança do Trabalho e Logística deram as boas-vindas aos novos aprendizes. Em Taquaralto, a capital também viu o início do curso de Eletrotécnica.

Em Araguaína, uma ampla gama de novas turmas começou, incluindo Técnico em Eletrotécnica, Segurança do Trabalho (presencial e semipresencial), Automação, Eletroeletrônica, Qualidade, Desenvolvimento de Sistemas, Manutenção Automotiva, Eletromecânica e Logística. Ao norte do Tocantins, em Xambioá, as turmas de Informática para a Internet e Eletromecânica também foram iniciadas.

Paraíso do Tocantins recebeu novas turmas de Técnico em Administração e Desenvolvimento de Sistemas. Em Gurupi, ao sul do estado, duas turmas começaram os cursos de Técnico em Segurança do Trabalho e Desenvolvimento de Sistemas.

A estudante do ensino médio, Eduarda Alves, de 16 anos, iniciou o curso de técnico em Informática no CETEC Palmas. "A decisão de ingressar no curso de Técnico em Informática aqui no CETEC Palmas foi influenciada pela experiência positiva do meu irmão, que concluiu o mesmo curso alguns anos atrás. Ouvir sobre o impacto positivo que teve em sua vida me motivou a explorar essa oportunidade."

"Estou ansiosa para explorar as possibilidades que o curso de Técnico em Informática oferece e acredito que essa decisão abrirá portas para um futuro promissor”, destacou Eduarda.

A servidora pública Eva Almeida conta que se prepara para sua aposentadoria, mas deseja continuar em outra área. “Eu já penso no futuro, e a Química me encanta, os conhecimentos químicos, as misturas, os óleos essenciais, formulações me fascinam. Então, eu já estou prevendo uma atividade pós aposentadoria”, contou Eva.

Empresas madrinhas

A presença marcante de empresas madrinhas nas aulas inaugurais destaca-se como um diferencial significativo. Essa parceria visa enriquecer a formação dos futuros técnicos, reforçando não apenas a qualidade do ensino, mas também garantindo que os alunos estejam sintonizados com as reais necessidades da indústria.

A ativa participação das empresas como parceiras educacionais não apenas agrega valor ao aprendizado, mas também fortalece os laços entre a academia e a indústria. Essa abordagem inovadora proporciona aos alunos a oportunidade prática de compreender os desafios e demandas do mercado de trabalho, preparando-os de maneira integral para os desafios profissionais futuros.

Vagas remanescentes

Nas unidades de Gurupi e Paraíso do Tocantins ainda há 97 bolsas de estudo nos cursos de Técnico em Segurança do Trabalho, Administração e Informática para quem deseja mudança em sua carreira profissional.

Em Palmas, também há vagas no curso Técnico em Açúcar e Álcool.

Para efetuar a matrícula, os candidatos devem ter concluído o Ensino Médio ou estar regularmente matriculados para cursar em 2024 o 2º ou 3º ano do Ensino Médio.

As matrículas podem ser realizadas de forma online, por meio do site futuro.digital, ou pelos WhatsApp das unidades do SENAI Tocantins nos números (63) 3229-5762 (Palmas); (63) 8415-5230 (Gurupi); e (63) 99994-3057 (Paraíso) ou presencialmente nos atendimentos das escolas.

A primeira mensalidade ficará com vencimento para o dia 10/02, seguida das demais com vencimento no dia 10 de cada mês. As aulas estão programadas para iniciar em 29/01.

Por Brener Nunes

Assessoria de Imprensa SENAI Tocantins

Parque de realidade virtual de Olímpia (SP) abre para o público no dia 12

Com experiências de realidade imersiva inéditas na América Latina, Orionverso começa a receber turistas e olimpienses em ‘soft opening’ 

Uma das 20 experiências de VR instaladas no novo parque de Olímpia (SP)

 

O parque temático de realidade virtual Orionverso, uma das atrações mais aguardadas do ano num dos principais destinos turísticos atualmente do País, abre para o público nesta quinta-feira, dia 1 de fevereiro, às 15h, em Olímpia (SP).

 

Será uma abertura em sistema soft opening, período no qual o parque consolidará o treinamento das equipes e fará os ajustes finais de toda a operação.

 

A área total do complexo é de 6 mil m² e estará recheada de atrações. O Orionverso contará com 20 experiências de realidade imersiva nunca antes experimentadas em proporções tecnológicas, em toda a América Latina.  

 

Entre as diversas opções de diversão, será possível mergulhar no cenário de “Avatar” e explorar o mundo fantástico de Pandora. Equipado com óculos de realidade virtual e outros dispositivos, o visitante irá acessar outras dimensões e poderá não só ver, mas interagir com personagens no universo futurista.

 

Tanto turistas quanto a população de Olímpia poderão sentir a descarga de adrenalina pilotando motos e carros em alta velocidade, com gráficos surpreendentes e jogabilidade realista. Encarar a simulação de um salto de paraquedas em queda livre. Ou desafiados a usarem todos sentidos para combater inimigos imaginários em uma simulação de combate. Entre outras atrações.

 

A expectativa é que o parque receba até 2 mil pessoas por dia. Os visitantes terão um passaporte recarregável onde poderão inserir “créditos” para curtir as experiências.

 

Robô sorveteiro

 

Uma novidade que deve fazer sucesso, especialmente com as crianças, é o garçom-robô que irá preparar e entregar sorvete para os visitantes. Os pedidos são feitos por meio de menu digital, em que é possível personalizar o pedido: tamanho, sabor e coberturas. No final, o robô toca uma campainha, acena para o cliente e entrega a sobremesa.

 

Inovação

 

O parque recebeu investimentos de R$ 38 milhões. “Tanto os turistas quanto os moradores de Olímpia e de cidades da região irão viver experiências únicas no Orionverso, explorar diferentes dimensões e mundos surreais. Tratam-se de atrações de realidade virtual em imersão total para todos os públicos”, diz Paulo Henrique Borges, idealizador e gestor do Orionverso.

 

Ele atribui a escolha de Olímpia pelo potencial turístico da cidade e pelo entretenimento que ela oferece. Com 55 mil habitantes, a cidade, localizada a 430 km de São Paulo, é famosa pelas águas termais, sua rede hoteleira, parques aquáticos e temáticos, tanto que ganhou o sugestivo apelido de Orlando brasileira.

 

Serviço


Orionverso | Abertura para o público no dia 1º de fevereiro, às 15h

Av. Aurora Forti Neves, 632, Olímpia (SP)

Horário: todos os dias, das 9h à meia-noite

Entrada: R$ 50

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Com 85% das obras concluídas, ponte de Porto Nacional facilita escoamento da produção agrícola do Tocantins

Maior obra de infraestrutura em andamento do Estado, a ponte facilita o escoamento da produção agrícola de várias regiões, através do Terminal Integrador da Ferrovia Norte Sul, no distrito de Luzimangues

Estado iniciará agora etapa de acabamento, como iluminação, sinalização e serviços de segurança para veículos e pedestres. Foto: Tomaz Neto/Governo do Tocantins

As obras de construção da Ponte de Porto Nacional, pelo Governo do Tocantins, estão em fase final com a instalação da última viga de sustentação da estrutura, responsável por distribuir o peso para os pilares, crucial na estabilidade e resistência da ponte.

Com 85 % das obras concluídas, a nova etapa consiste em serviços de iluminação, sinalização e serviços de segurança para veículos e pedestres.

Ao todo são 90 vigas que compõem a estrutura da construção, que consiste na maior obra de infraestrutura em andamento do Estado, uma das prioridades da gestão do governador Wanderlei Barbosa, com investimento de R$ 149 milhões do Governo do Tocantins em parceria com o Banco de Brasília.

A estrutura da ponte é de 1.088 metros, além do encabeçamento de 200 metros de cada lado, totalizando 1.488 metros. "Esperávamos muito para que essa etapa fosse concluída. Sempre fiscalizamos o andamento dessa obra, pois sabemos da necessidade e importância da ponte para toda a população do Estado”, afirma o Governador. 

Segundo o engenheiro civil da Agência de Transportes, Obras e Infraestrutura (Ageto), Luciano Bertazzi, responsável pela obra, esse é o processo mais delicado e de extrema necessidade para a segurança estrutural da ponte. 

“Concluímos a parte mais difícil da construção, que foi a estruturação das vigas na margem esquerda do Rio Tocantins, sentido a cidade de Fátima. Todo o trabalho exige muita atenção e cuidado, já que o transporte dessas vigas era muito cauteloso, visto que a estrutura de apenas uma é de 43 metros, pesando 120 toneladas.  Agora, a logística melhorou muito, o que facilita a parte de acabamento”, reforça Luciano Bertazzi.

As etapas mais importantes foram concluídas em tempo hábil, a exemplo das fundações que foram fixadas na ponte, outra etapa crucial no processo de construção. 

As fundações são as estruturas responsáveis por transmitir as cargas da ponte para o solo de maneira segura e estável, sendo projetadas para distribuir o peso da ponte uniformemente e evitar afundamento ou instabilidade. As fundações executadas nesta obra, além de terem uma profundidade média de 30 metros, têm diâmetro variável entre 1,20 metro e 1,60 metro. 

“Estamos, agora, tratando da questão do acabamento. Vamos melhorar a iluminação e a sinalização; colocar os ‘guarda-rodas’ (estrutura de proteção nos lados da via de rolamento); as grades de proteção para os pedestres; terraplanagem e estruturação nas vias de acesso da ponte”, frisa Luciano Bertazzi.

Importância da obra

A nova ponte é de suma importância para a região, pois liga vários municípios do Estado a Porto Nacional e, consequentemente, a capital Palmas, facilitando o escoamento da produção, além do fluxo de passageiros.

O agricultor Mauro Moura é morador da zona rural de Porto Nacional, e acompanhou o processo de construção da primeira ponte e agora da obra em conclusão. “Essa ponte vai mudar tudo por aqui. Acho ótimo que esteja no processo final. Tenho que fazer essa travessia diária e ter uma nova estrutura como essa nos deixa confiantes e seguros”, afirma o pequeno produtor.

Guilherme Lima/Governo do Tocantins